A parceria - Cap. 14 - Kristen, you're mine

P.O.V. Nathalie:

Acordei pela manhã, olhei em volta e não encontrei Justin nem Kristen. Me levantei e fui até o banheiro, lavei o rosto e coloquei o roupão de Justin, roxo. Ficou grande, mas eu amo assim! Saí de lá e fui em direção a porta, quando a abri, Kristen apareceu e colocou as mãos na minha barriga, me empurrando de volta pra cama. Sentei na mesma e ri, a olhando:

– Temos uma surpresa! – Ela disse, olhou pra porta.

Justin apareceu de repente nela com um sorriso bobo no rosto, olhando pro chão pra que não caísse. Ele estava segurando uma bandeja cheia de coisas que tem num café: panquecas, suco, pastas... Sorri.

– Nós fizemos tudo! – Ela disse.

– Kris, olha a mentira feia... – Ele a repreendeu.

– Ta... – Ela disse, fazendo bico. – A Rose, empregada, fez tudo. Mas eu escolhi a flor dali do cantinho! –  Ela apontou pra mesma.

– Tudo bem, adorei de qualquer maneira, sabia? – Sorri e beijei a bochecha dela, a abraçando forte.

Justin se aproximou e abaixou a cabeça, dei um selinho demorado nele. Nos sentamos na cama e começamos a comer. Ele estava atrás de mim com os braços em volta da minha cintura, nossos corpos colados e quentes... Esquentando um ao outro. Muitas vezes ele beijava meu pescoço. Kris estava em nossa frente, comendo pedaçinhos de panqueca.

– Nunca comi um café tão bom! – Eu disse. – Obrigada, filha! – Eu disse, a olhando, ri.

– E eu sou seu pai então, Kris. – Jus disse, me olhando.

– É sim. – Sussurrei pra ele e mordi seu lábio, ele sorriu.

– Ah, esqueci! – Ela disse. – Ontem fiz um desenho de nós três, está no quarto, já volto!

– Tudo bem, mas não acorde suas irmãs. – Eu disse.

Ela assentiu, largou o paninho em cima da cama e foi em direção da porta. Quando a abriu...

– Kristen! Meu Deus, você está aqui, quase morri de preocupação! – Era Molly, gritando com ar de desespero na voz.

O mais impressionante é que ela estava de roupa íntima numa casa qual estava de favor, enquanto caminhava pelos corredores. Justin "apreciou" um pouco seu corpo, até perceber que eu estava olhando, então disfarçou.

– Está tudo bem. – Eu disse, olhando pra bandeja. – Ela, diferente de você, tem juízo e vergonha na cara, então soube bem pra onde ir. Ela apenas veio dormir conosco. – A fitei.

– Não podem entrar nos quartos e pegar uma criança imaginando que é uma boneca! – Ela gritou, pegando Kris no colo.
– Acalme-se. – Justin disse, se levantando. – Ela que veio pro nosso quarto.
Colocou a chupeta na boca e fez pressão com o corpo pra sair do colo de Molly. Quando ficou de pé no chão, ficou de frente pro Jus fazendo um sinal para que ele a pegasse no colo. Foi o que ele fez.

– Acalme-se. – Justin disse, se levantando. – Ela que veio pro nosso quarto.

– O que foi? – Ele disse.

– Quero ficar com vocês! Sabia que ela vai me apresentar pra Miley Cyrus?

Ela apontou pra mim, eu sorri.

– Vamos para o quarto agora, Kristen! – Molly disse, vindo em direção da mesma.

– Não! – Ela disse, envolvendo os braços na nuca de Justin.

– Deixe-a aqui. A trago sã e salva. – Eu disse.

Fiquei na frente dela e a fitei de cima a baixo.

– Se dê o respeito e vá se vestir. – Eu disse, num sussurro.

Ela bufou e saiu do quarto com faíscas saindo de seu ouvido. Nós três nos olhamos e caímos na gargalhada.

Minutos depois Justin levou a bandeja pra cozinha, enquanto eu e Kristen nos arrumamos. Ficamos prontas e descemos para nos despedirmos dele, quando nos avistou, veio em nossa direção.

– Já estamos indo. – Eu disse, dei um selinho nele, ele me abraçou de lado e fitou Kris.

– Você está linda! – Ele disse. – Vocês estão! – Eu e ela sorrimos. – Kenny vai com vocês, eu tenho que fazer umas coisas por aqui...

– Coisas mais importantes que nós? – Kristen disse.

– Não, pequena. – Ele sorriu. – Mas são coisas necessárias, você sabe, eu preciso fazer ou mamãe me mata! – Ele fez uma careta, ela riu.

Kenny abriu a porta do meu carro, estou com preguiça de dirigir então ele assumirá o volante hoje. Kristen sentou na cadeirinha, no banco de trás e eu no do carona, ao lado do Kenny. Liguei o rádio e a musica Single Ladies começou a tocar.

– Eu amo essa música! – Eu disse, Kristen assentiu. Eu bati palmas no ritmo da mesma, olhei pro Kenny e pra Kris, ela continuou comigo.

– Posso te contar um segredo? Eu também! Aumenta aí, Evans! – Kenny gritou, foi o que fiz, quase estourei as caixas de som do meu carro.

Ele começou a balançar a cabeça no ritmo da música, nós três fazíamos a maioria das partes da coreografia. Mostrávamos a mão esquerda "mostrando" o anel, Kenny fazia o "oh oh oh" e Kristen balançava o cabelo e tentava rebolar, mas seu cinto de segurança não deixava. Era tão engraçado, eu ria como um bebê, de um jeito que as bochechas doíam, e eu ficava sem ar. Depois de toda a brincadeira nós nos acalmamos e batemos palmas pra nós mesmos, sorrindo:

– Não sabia que você tinha esse lado Beyoncé, Kenny! – Eu disse.

– Nem eu. Maneiro! – A pequena disse, ri.

– É um segredo... Quer dizer, uma coisa meio minha. Vocês poderiam...

– Sim, claro, segredo de estado! Coisa do FBI e tal, ninguém vai saber. – Eu disse, colocando o dedo indicador na boca fazendo sinal de silêncio, pisquei e beijei sua bochecha, sorrindo.

Depois de toda a brincadeira chegamos à casa de Miley, Kris suava mais que urso polar no deserto do Saara, era fofinho. Saímos do carro e fomos em direção da porta, toquei a campainha e quando a abriu, vi minha melhor amiga com um sorriso no rosto. Ela me abraçou forte, quase me sufocando.

– Eu te amo! – Ela disse, sorrindo.

– Eu também amo você, sua linda.

– Quem é essa? – Ela disse, quando me soltou. Se agachou para ficar do mesmo tamanho de Kris.

Kristen estava totalmente paralisada, mas Cyrus já estava acostumada com fãs assim, que ficam sem reação.

– Kristen, três anos, Chicago! – Foi o que a pequena conseguiu dizer. Nós rimos e depois das duas trocarem algumas conversas, fotos, abraços e essas coisas, fomos finalmente para o carro.

– Se você roubar minha melhor amiga, juro para as fadas que nunca mais saio com você! – Eu disse séria, olhando pra Kris. – Brincadeira, ta? Pode ficar despreocupada. – Eu ri, pisquei.

Enquanto Kenny dirigia em destino a Carmella, loja de vestidos, nós zoamos um pouco, mas eu senti muita falta de Justin.

– Chegamos. – O Hulk negro disse, eu amo chamá-lo assim.

Saímos do carro e depois de discutirmos com os paparazzi, finalmente conseguimos entrar.

– Eu gostei desse. – Kris disse, mostrando a Miley um vestido preto lindo.

Colocamos e tiramos quase todos os vestidos que tinham na loja, e em menos de uma hora eu achei um que realmente ficou a minha cara. Já Miley...

– Que saco! Não tem nada pra mim aqui! – Ela resmungava, olhando a loja por inteira.

– Estamos aqui há duas horas, essa é uma das maiores lojas de vestidos, você tem que encontrar alguma coisa, amiga. – Eu respondi.

Depois de procurarmos mais um pouco, achamos um vestido florido simplesmente perfeito que caiu super bem no corpo dela.

– Liam vai babar quando me ver. Vai se arrepender bonito de não ter me esperado para ir a Malibu! Parece que não conhece a namorada que tem...

– A Miley super imprevisível? Todos conhecem! – Eu disse, nós rimos e batemos nossas mãos uma na outra.

Depois de o embalarmos, voltamos pro carro. Kenny nos levou no Mc Donald's e nos divertimos bastante lá. Deixamos a Miley em casa e fui para casa de Justin. Quando toquei a campainha, Mabelle abriu a porta e eu sorri, a olhando.

– Está entregue! – Eu disse, empurrei Kristen de leve e a mesma entrou em casa.

– Conheci a Cyrus! – A pequena falou, com os olhos brilhando.

– Que bom, hein. – A irmã disse, super empolgada. – Justin está no estúdio que fica depois da cozinha, pediu pra que eu te chamasse quando chegasse. Ele pediu pra você ir lá.

– Pra que? – Eu disse, curiosa.

– Não sei... Vá ver! – Ela disse e se virou, subiu as escadas e foi para seu quarto. Kris foi logo atrás.

Falei com Kenny que voltaria sozinha e ele já podia ir descansar, ele saiu do carro e entrei na casa de Jus, fui em direção do tal estúdio e finalmente encontrei uma porta. Bati nela de leve duas vezes:

– Entra. – Justin disse, o reconheci pela voz rouca e envolvente.

Abri a porta e o olhei, fechei a mesma. Ele estava sentado numa cadeira com seu violão no colo, quando me viu se levantou, colocou o violão no chão e veio em minha direção, eu sorri:

– Saudade. – Eu disse, fazendo bico de neném.

Ele sorriu e me puxou pela cintura, me beijou. Eu encostei nossos corpos, e aos poucos ele me encostou na parede. O beijo começou a ficar mais quente, eu passei a mão por seu cabelo e ele desceu a mão até meu quadril, que deslizou até minha coxa e a apertou. Quando percebi que estávamos indo longe demais, lhe dei dois selinhos, afinal, também precisávamos de ar. Ele mordeu meu lábio inferior e o puxou, lentamente o soltou.

– Matei a saudade? – Ele disse, sorrindo torto.

– Quem sabe... – O provoquei.

Ele ia me beijar novamente, mas "saí" da parede e me sentei numa cadeira, cruzei as pernas e peguei o violão, o olhei:

– Pra que pediu que eu viesse?

– Gosto muito da sua voz... – Ele disse, se sentou numa cadeira que ficava de frente pra minha.

– Own, obrigada! – Eu sorri.

– Estou me arriscando numas batidas... Quero fazer uma música sua.

– Sério?! Claro que faço!

Ele sorriu e pegou alguns papéis, calmamente as notas apareceram e a letra também, nós concordávamos com quase tudo! Com o começinho de tudo pronto, entrei no iPhone:

@NathalieEvans

No estúdio com o @justinbieber. Dr. Bieber! lol

– Seu é? – Ele disse, pegou meu celular e colocou em cima de uma mesa, se ajoelhou em minha frente.

– Sim... – Eu disse, envolvendo os braços em sua nuca, lhe dei dois selinhos.

Ele pegou meu iPhone e tirou uma foto de nós dois naquela pose e passou imediatamente pra minha Twitpic.

– Ficamos gatinhos! – Ele falou.

– Você é bobinho demais, loiro.

– Minha loirinha.

Ele ia me beijar, mas novamente lhe dei dois selinhos. Ele fez bico de neném e ficou me olhando, me puxou pela nuca e disse com a boca quase colada na minha:

– Dá beijinho.

– Não! –  Sorri de leve.

– Eu to pedindo educadamente... – Ele disse, num tom de gemido

– É assim que tem de ser mesmo, quero meu bebê educadinho. – Acariciei seu rosto e nos beijamos novamente.

Aos poucos ele se sentou na cadeira que estava de frente pra mim, me puxando junto com ele. Fiquei sentada com as pernas em volta de seu quadril, uma de minhas mãos estava em seu cabelo, e a outra entrelaçada com sua mão. Sua outra mão estava em minhas costas, e me puxava cada vez mais pra ele. Devagar ele colocou a mão por dentro da minha blusa e foi levantando lentamente, enquanto o beijo só ficava mais caloroso. Quando estava quase mostrando meu sutiã, parei o beijo e encostei nossas testas. Ofegante, eu disse:

– Com calma... – Coloquei sua mão em meu quadril e abaixei minha blusa.

– Eu não consigo me controlar perto de você! Me desespero e... – O interrompi com um selinho.

– Tudo bem... Eu também provoco. – Sorri.

Nos levantamos e finalizamos tudo, agora era só gravar.

– Já vou embora... São onze horas. – Peguei minha bolsa e o olhei, sorri. – A gente se vê logo logo, né produtor? – Ri, me virei pra abrir a porta e ele puxou meu braço.

– Eu quero te levar. Tenho medo do Dylan aparecer, sei lá...

– Eu também. – Suspirei.

– Eu vou te proteger. – Ele colocou uma mexa do meu cabelo pra trás. – Sempre.

Assenti e em passos lentos saímos do estúdio, fomos para fora e entramos no meu carro. Me sentei no banco do motorista, quando fechei a porta e virei meu rosto pro lado vi Justin com a cabeça encostada na mesma, de braços cruzados.

– Sai daí, loirinha! Eu quero dirigir.

– Ai, bobão! O carro é meu.

– Você é minha! – Ele debochou. – Agora saia, vamos.

Abri a porta e bufei, dei a volta no carro e sentei no carona.

– Boa menina. – Ele disse, sorrindo de lado e começando a dirigir.

– Sooooooooooo funny! – Mostrei a língua.

– Não fica assim... – Ele mudou a marcha e passou a ponta dos dedos na minha coxa, levantando um pouco minha saia, mas relevei. – Me conta como foi o dia. O caminho é curto, mas dá tempo.

– Miley demorou um tempão pra achar o vestido, eu já fui mais rápida. Kris ajudou muito!

– Sério que você não demorou? Loiras demoram mais tempo em lojas. Pelo menos as garotas que namorei demoravam.

– E os loiros que eu namorei calavam a boca quando percebiam que estavam sendo inconvenientes. – Olhei pra janela.

– Você cai na pilha mesmo! – Ele riu. – Você é a terceira namorada que eu tenho, loirinha.

– Sério?! Nossa, você é o milésimo namorado que eu tenho! Incluindo apenas os loiros. – Debochei.

– Eu sei que pode ter tido mil namorados, mas sou o que mais te ama. – Ele disse e estacionou na calçada, me olhou.

– Obrigada, pai. – Sorri.

– De nada, filha. – Ele riu e me deu três selinhos demorados.

– Então... Quando nos vemos de novo? – Eu disse, o olhando.

– Amanhã bem cedinho, amanhã à noite, depois de amanhã... Não vai demorar muito, acredite, eu preciso ver você sempre. Sabia? – Ele ficou mexendo numa mexa do meu cabelo, olhando nos meus olhos. Eu sorri e desviei o olhar, envergonhada. – Eu quero te ver direitinho. – Ele colocou a mão no meu queixo e fez com que eu o fitasse novamente. – Seus olhos me deixam perdidinhos. Mas é um perdido tão gostoso... – Ele se aproximou.

– Você gosta mesmo de me deixar sem ar, não é? Que injustiça, Jus. Eu fico toda envergonhada, sem fala, só fico sorrindo que nem boba... Um dia vou ser tudo que você realmente merece. – Suspirei.

– Ei, eu te amo pelo que você é, e sem esse seu jeito ciumentinha, bravinha, meia atrapalhada e totalmente loira eu não sei viver mais. E sei que odeia quando discriminam sua raça, sua linda! – Ele riu.

– Ta vendo quantos defeitos sua namorada tem? – Fiz bico de neném.

– Quando nós casarmos eu prometo que saberei lidar com todos eles direitinho.

O que ele disse me fez arrepiar por inteira. "Quando nós casarmos"? Eu nunca tinha ouvido Justin falar sobre isso comigo antes... Isso pode ser um sinal de que ele realmente está gostando de mim. Ai, como to apaixonada!

– Quando nós casarmos eu prometo te acordar com um café da manhã perfeito, assim como você fez hoje pra mim. – Eu sorri, o olhando.

– Quando nós casarmos quero uma cama bem grande, sabe? Para que no dia do casamento, assim que colocarmos o pé direito em nosso quarto, a gente possa pular nela a vontade! – Os olhos dele brilharam. – E claro, depois aproveitaremos ela de outra maneira... – Ele mordeu o lábio.

– Bobo! – Eu ri e dei um tapa de leve em seu ombro, o empurrando um pouco pra trás. – Quero te fazer o homem mais feliz do mundo, quero que fiquemos juntos...

– Para sempre. – Ele me interrompeu. – Eu sei que vai ser para sempre. – Ele sussurrou e nos beijamos.

Um beijo bem calmo, em que as mãos deslizavam pelo corpo e parecia que não era necessário o ar, apenas o momento. De repente meu telefone tocou:

– Não vê isso agora não... – Ele sussurrou entre o beijo, me puxando mais para perto dele. – Por favor loirinha.

Eu sorri e o enchi de selinhos, ele me olhou fazendo cara de criança e eu apenas fiz uma careta fofa e peguei meu iPhone, era uma mensagem. Quando a abri apenas coloquei a mão na boca, assustada, e o fiquei fitando por um tempo.

– O que foi, Nath? –Justin perguntou, preocupado. – Por favor, me diz, não to entendendo nada!

Ele pegou o celular da minha mão e leu a SMS, nela estava escrito:

"Eu ainda não terminei com você, sabia? Na verdade, não foi nem o começo o que eu realmente fiz! Fique no aguardo, Nathalie. Quando você menos esperar, seu príncipe vai chegar e te surpreender. Boa noite, princesa." O número era restrito, mas está na cara que essa mensagem quem mandou foi...

– Dylan! – Justin gritou. – Eu vou acabar com esse garoto! Nathalie, me deixa denunciar ele de uma vez pra polícia! Foi tentativa de estupro cara, agora ele te ameaça. Isso está ficando fora de controle! – Justin disse, com raiva em sua voz, me fitando com um olhar da mesma maneira.

– Justin, eu não quero pro...

– Foda-se o que você quer, agora vai ser minha opinião, da Megan, de Scooter e da minha mãe. Ah, e de todos os nossos amigos também! Temos que tomar uma atitude, conforme-se! – Ele gritou, me olhando.

– Nossa, ok, foda-se o que eu quero. – Eu disse, pegando meu celular e o guardando na bolsa. – Faça o que quiser. – Sussurrei. – Até mais. – Disse e abri a porta do carro, mas ele me puxou devagar pela minha mão e me sentou novamente no banco, fechei a porta no mesmo momento por impulso.

–  Me desculpa... – Ele disse, olhando pro chão. – Mas eu tenho medo, ele quer te machucar. Se ele fizer isso eu não sei o que vai ser de mim, não sei as coisas que sou capaz de fazer com ele! – Me olhou fixadamente. – Deixa eu te cuidar, por favor? Não irei te decepcionar, deixe eu resolver isso.

– Justin ele pode... – Deixei uma lágrima cair e sequei-a no mesmo momento.

– Não chore por causa disso. Eu vou consertar este problema, não importa se você deixar ou não loirinha. Você é minha bebê agora. – Acariciou meu braço.

– E se ele fizer algo com você? Aí quem vai morrer sou eu!

– Sei me cuidar, e se não souber, aprendo na prática, ali, na hora. Confie no seu namorado. – Ele sorriu com os lábios.

– Eu confio... Pode deixar.

– Então... O que me diz, posso ou não? Se disser que não, sabe que da mesma maneira eu o farei. – Ele levantou uma das sobrancelhas.

– Pode fazer o que quiser, mas lembre-se: sempre se proteja, e se algo passar dos limites, apenas esqueça isso.

– Por você eu não vou esquecer. – Ele acariciou minha bochecha com uma das mãos. – Vai ficar tudo bem, loirinha. Eu prometo.

– De dedinho? – Estendi meu dedo mindinho.

– De dedinho! – Ele entrelaçou nossos dedos mindinhos um no outro e beijou minha testa.

– Vá embora com meu carro... Qualquer coisa posso usar o da Megan, mas um dia desses vou lá buscar, entendido? – Sorri de leve.

– Tudo bem, vou cuidar da sua Pink muito bem!

– Quem te contou o nome? – Eu disse surpresa.

– Tenho minhas fontes... – Se gabou. – Agora vá dormir, está tarde.

– Tudo bem, papai... E não se esqueça do que conversamos, ta bem? – Beijei sua bochecha demorado.

– Não irei esquecer, pode deixar. – Ele assentiu.

Sorri e saí do carro, entrei em casa e dei um beijo em Megan, que estava dormindo no sofá. Subi, tomei banho, deitei na cama e, antes de adormecer, mandei uma SMS para Justin.

"Eu te amo, papai. Boa noite, durma com os anjos."

Em menos de um minuto ele respondeu:

"Ainda não dormiu, mocinha? Vamos, está na hora! Eu te amo, filha."

Eu sorri e depois de alguns minutos, apaguei.