domingo, 29 de abril de 2012

A parceria - Cap. 13 - I'll take care of you

P.O.V. Justin:
Depois que Natalie saiu, subi os degraus e fui para meu quarto. Me joguei na cama e entrei no Twitter pelo iPhone. O mais estranho é que eu não conseguia parar de pensar na loirinha, postei:
@justinbieber:
 “Um dia conseguirei lhe provar que você é o ar que eu respiro.”
A maioria das pessoas sabiam que eu estava falando da Nathalie, ou melhor, todas elas. Meus pensamentos foram interrompidos quando alguém bateu na porta:
Entra. Falei.
Me surpreendi quando vi quem era, e ao mesmo tempo fiquei feliz com aquilo. Ao mesmo tempo com medo do que a pessoa veio fazer aqui...
Posso falar com você? Christian disse.
Claro cara senta aí.
Ele se sentou no sofá que ficava em frente a minha cama. Ele ajeitou o cabelo, olhou ao redor e parou seus olhos no chão. Resolvi iniciar a conversa:
Olha cara, se você veio me bater...
Justin, eu sei o que ela fez. Ele me interrompeu, ainda com os olhos fitando o chão. Ela me pediu o remédio, era um tipo de calmante... Cara. Ele suspirou. Ela disse que era pra acalmá-la, estava nervosa devido à semana de provas. Eu não imaginei que ela fosse fazer isso. Ele passou os dedos no cabelo e fechou os olhos.
Ficou numa pausa profunda, e depois de respirar fundo, continuou:
Não queria ter brigado com você na balada. No fundo eu saiba que Caitlin tinha te empurrado pra lá. Ela tinha te agarrado, e não você... Eu sentia isso, mas me enganava por que. Ele me olhou. Ela é minha irmãzinha, cara. Eu sempre quero protegê-la, não importa de quê.
O modo como ele falava demonstrava-o mais aliviado, como se tivesse tirado um peso de suas costas.
– Tudo bem Chris. Sei que vou ser assim com Jaz também. Só não quero que nossa amizade acabe, você é um dos meus melhores amigos. - Eu disse.
Ele sorriu com os lábios e respondeu:
Você também.
Me levantei e abri os braços, ele fez o mesmo e nos abraçamos dando aquele tapinha que marca o abraço de dois homens machos. No decorrer do dia jogamos muito Vídeo Game, entramos no Twitter e conversamos bastante a noite, alguém bateu na porta. Christian foi atendê-la:
Justin está aí? Reconheci a voz imediatamente.
Ta sim. Ele disse, abrindo um pouco a porta fazendo um sinal pra que a pessoa entrasse.
Licença.  Nathalie disse, olhando pro chão, colocou uma mexa do cabelo pra trás da orelha. Oi, Baby. Ela disse me olhando, sorriu.
Oi amor. A puxei pelo braço devagar e a sentei do meu lado, a enchi de selinhos, ela sorriu.
Justin eu preciso de... Molly entrou no quarto assim, sem bater nem nada, estava de biquíni, o que nos assustou um pouco, já que estava de noite e a água da piscina deve estar super gelada. Ah, estou interrompendo uma reunião entre amigos? Ela disse, envergonhada.
Não, tudo bem. Respondi. Nathalie deu uma cotovelada de leve na minha barriga e fez cara de brava, a olhei e fiz bico, ela virou o rosto e fitou Christian.
Então Molly... O que leva uma pessoa normal a ficar de biquíni onze horas da noite? – Nathalie disse, a fitando.
O que leva uma pessoa normal a vir pra casa do namoradinho sozinha onze horas da noite?  Molly a provocou, com as mãos na cintura. Ah, espera, talvez você não seja normal. Ela sorriu irônico.
Ei... Christian disse. Vamos acalmar os nervos, meninas! Christian disse, segurando levemente o braço da Molly e a afastando da loirinha.
Não se atreva a mexer comigo. Nathalie disse, ficando na frente dela. Sou capaz de coisas que você nem imagina.  Ela sorriu com os lábios, um sorriso desafiador.
Desculpa, eu me exaltei... Molly disse, olhando pro chão.
Ah, vai se... Puxei Nathalie pro meu lado e a olhei.
Não diga isso. Sussurrei pra ela, que ficou emburrada e fitou os pés.
Então Justin, eu preciso que você me diga como faço pra esquentar a água da piscina, quero nadar um pouco.
Tudo bem, vamos lá... Quando ia me levantar, Nathalie me puxou para seu lado.
Christian pode fazer isso, não pode ruivinho lindo da minha vida? Ela disse, o fitando, fiquei vermelho de tantos ciúmes, mas me controlei.
Claro! Vamos, Molly? Ele disse e a mesma assentiu, com ar de decepcionada.  Até cara. Ele disse, me fitando.
Quando Chris abriu a porta do quarto, seu celular tocou, ele atendeu no mesmo momento:
Alô? Su? Oi meu amor!   Ele disse, sorrindo, com olhar de idiota apaixonado. Molly saiu do quarto e ele saiu logo em seguida:
Quem é Su? Nathalie disse, me olhando.
A namorada dele. Posso te dar certeza de que os dois são gamados um no outro... Christian então, não vive sem ela. Até de casamento eles falam!
Haha, que fofos! Ela disse.
Ei. Eu disse, a deitando na cama e ficando em cima dela, ela sorriu e envolveu os braços no meu ombro, mas sem aproximar nossos rostos. O que acha da Molly? Ela bufou e virou o rosto, colocou as mãos no meu peito, me empurrando de leve, mas eu não saí do lugar, apenas fitava seus olhos, que no momento estavam cinzas azulados... Inexplicáveis de tão lindos.
Quero que ela se queime de tão quente que a água da piscina vai ficar, quero que se afogue logo após e que o ralo sugue seu corpo. Será que consegui expressar todos os meus sentimentos? Ela disse, séria, sorriu ironicamente.
Mas por que? Ela nunca te fez nada! Eu a repreendi.
A gente vai ficar mesmo falando sobre essa estúpida? Porque se for, me avisa, por favor, pra eu voltar logo pra casa.
Tudo bem, desculpa... Fiz bico de neném. Espera, você veio sozinha?
Sim, tenho carro pra isso. Ela piscou.
E o Dylan? Nathalie, você precisa se cuidar, eu estou pedindo pra você tomar mais cuidado!
Foi por causa dele mesmo que vim pra cá... Estou com medo de dormir sozinha. Megan vai passar a noite num jantar com Scooter, Pattie e Kenny. Pedi pra vir e eles permitiram... Ficar com os empregados não me bastou, eu me sinto insegura. Não consigo fechar os olhos. Ela disse, olhando pro lado, percebi que uma lágrima escapou de seus olhos, por mais que ela tentasse lutar contra. Em seguida ela fechou os olhos e respirou fundo. Eu segurei seu queixo e deixei seu rosto de frente pro meu, com meu dedão, sequei a lágrima que estava caindo sobre sua bochecha.
Eu vou te proteger de tudo, sempre. Sussurrei, a olhando nos olhos.
Ela sorriu abafado e colocou sua mão em cima da minha, que estava em sua bochecha. A outra mão colocou em minha nuca e aproximou mais nossos rostos, ela encostou a ponta dos nossos narizes, e, já de olhos fechados, acariciou a parte de trás do meu cabelo bem devagar. Selei nossos lábios, e depois de alguns selinhos rápidos, começamos o beijo. Era lento, com gosto de quero mais. Eu continuava com a mão em seu rosto, e com a outra, fui descendo de sua cintura até seu quadril, desci um pouco mais e a coloquei em sua coxa, acariciando. Não consegui resistir e a coloquei lentamente na bunda da Nathalie, ela começou a rir, assim o beijo parou.
O que foi? Eu disse, a olhando com os olhos arregalados.
Tira a mão daí, agora! Ela continuava rindo como uma criança.
Mas loirinha... Choraminguei.
Tira Baby... Ela fez bico de neném e pegou minha mão, a colocando de volta a sua cintura. Sorriu.
Não gosto muito daqui, sabia? Poxa!
Ela riu e rapidamente me deitou na cama, ficou em cima de mim com os joelhos encostados na cama e toda a parte do quadril em cima do meu quadril.
E agora, você gosta?  Ela disse, se inclinando um pouco e empurrando meus braços, os colocando em cima da cama. Ela entrelaçou sua mão na minha, sorriu.
Ta ótimo assim, mas eu poderia usar as mãos, não?
Não... Ela disse.
Mexeu o quadril bem devagar e foi descendo até meu membro, encostou a cabeça no meu ombro e beijou meu pescoço várias vezes. Os movimentos de seu quadril começaram a ser de vai e vem, sempre bem lentamente, o que me fazia ficar excitado bem mais rápido. Ela arranhou a palma da minha mão de leve e fez uma trilha de beijos até o canto da minha boca. Encostou sua testa na minha e chupou meu lábio, sorriu malicioso e piscou em seguida.
Acho melhor aprender a se controlar... Ela sussurrou no meu ouvido. Já posso sentir seu amiguinho. Ela sorriu. E olha que posso te provocar muito mais...
Loirinha, não faz assim... Eu disse, num tom de gemido.
Minha vontade era de deitá-la na cama e fazer tudo que eu quisesse com ela, do jeito que eu sempre quis... Mas estávamos na minha casa, e não namoramos a muito tempo. Não quero fazer papel de tarado, mas de qualquer maneira, vou correspondê-la.
Não vou fazer assim... Não ainda. Ela sorriu e me deu um beijo demorado na minha bochecha, saiu de cima de mim e se levantou. Onde tem banheiro aqui? Vou me trocar. Ela sorriu novamente.
Não quer que eu te ajude?
Não, bobo. Me mostra onde é logo, vai.
Eu a mostrei e ela entrou nele, fui em outro banheiro e comecei a tomar banho. Coloquei uma box branca quando o terminei, uma bermuda larga azul e uma blusa branca sem manga. Enquanto caminhava em direção do meu quarto, encontrei uma pessoa e fiquei muito feliz em revê-la...
P.O.V. Nathalie:
Saí do banheiro depois de um longo banho demorado. Coloquei um vestido de seda rosa, um pouco curto... Mas não sinto vergonha com Justin. Enquanto secava meu cabelo com uma mão que segurava a toalha e apertava a ponta dos fios, com os dedos da outra mão eu mexia no meu iPhone.
Nathalie! Ouvi uma menininha dizer, era Kristen.
Quando me virei, vi que ela estava no colo de Justin, mas antes que ele pudesse ter alguma reação, ela pulou do colo dele até o chão e veio em minha direção.
Kris!  Eu disse rindo.
Me ajoelhei pra ficar do mesmo tamanho que ela e abri os braços, ela se chocou contra mim e envolveu os braços na minha nuca, me abraçando forte.
O que a senhorita faz acordada essa hora, hein? Eu disse, depois que nos separamos e ficamos cara a cara uma com a outra. Coloquei uma mexa do cabelo dela pra trás.
Não consigo dormir... Saudades da mamãe. Ela disse, abraçando o paninho branco que tinha vários unicórnios e estrelinhas rosas e brancos desenhados.
Eu entendo... Sorri com os lábios.
Posso dormir com vocês? Eu prometo não chutar, não chorar, não acordá-los no meio da noite... Ela disse, olhando pra mim e pro Justin.
Eu e ele nos olhamos e sorrimos.
Claro, mas com uma condição. Ele disse.
Qual?   Ela respondeu, confusa.
Que você durma com a gente na cama, bem no meio. Ah, e que veja Os Smurfs com a gente.
Mas eu não sei se vou ficar acordada tanto tempo... Se eu dormir, vou ter que voltar pro meu quarto? Ela disse, ficando do meu lado e encostando a cabeça no meu ombro. Envolvi o braço na cintura dela.
Não, anjo. Respondi.
A peguei no colo e a deitei no meio da cama. Sorte que Justin dormia numa cama de casal, assim tinha espaço pra nós três. A cobri com um cobertor e deitei em seu lado. Justin ligou o DVD e a TV, nos deu o óculos 3D e se deitou ao lado contrário do que eu estava.
Kristen encostou a cabeça no meu peito e colocou a chupeta na boca, começou a chupá-la sem parar de fitar a TV. Fiquei mexendo no cabelo dela bem devagar. Percebi que Justin a olhou e sorriu com os lábios, admirando aquela criança tão inocente... Ingênua, pura. Depois de uns dez minutos percebi que Kristen estava com a respiração mais calma e tirei seus óculos devagar, pra não acordá-la. A pequena já estava de olhos fechados, e quando a fitei totalmente, ela se virou e deitou de lado no meio de cama, abraçou mais seu paninho e encostou a cabeça no travesseiro, se acomodou e voltou a ficar calma, assim como estava antes.
Também quero carinho no cabelo, sabia? Justin sussurrou, me olhando. Fez bico de neném. Eu sorri.
Fiz sinal com o dedo indicador pra ele se deitar ao meu lado e foi o que fez. Eu e ele ficamos de conchinha. Ele com os braços em volta da minha cintura e nossos corpos colados. Eu passava a unha devagar por sua mão, o que algumas vezes o fazia ficar arrepiado.
Esses óculos me dão cegueira, tonteira... Eu disse, ri baixo e tirei-os, dei para Justin e ele o colocou no criado mudo.
Vira aqui pra eu ver se irritou seus olhos azuis. Ele disse, me virei e o olhei.
Ele me aproximou mais dele e me beijou. Coloquei a mão em seu pescoço e o acariciei devagar, depois passei a mão por seu braço e a parei em seu quadril, depois acariciei suas costas. As mãos dele deslizavam por todo meu corpo, e muitas vezes paravam em minha coxa, ele as apertava com força. Ele parou o beijo com três selinhos e seus beijos quentes foram para meu pescoço, depois pro meu ombro e desceram até meu colo.
Jus... Eu disse num tom de gemido.
Coloquei uma mão no cabelo dele e o puxei devagar, fazendo com que Justin, automaticamente, fitasse meu rosto:
Kris está aqui. Eu sussurrei, meia envergonhada.
Ela não é problema... Lembra que você disse que nessa casa devem ter uns quinhentos quartos? Podemos aproveitar cada um deles essa noite... Ele disse, com os lábios próximos dos meus, de olhos fechados, fazendo uma voz sexy e rouca, do jeito que só ele sabe. Eu fechei os olhos e suspirei, passei as unhas em suas costas por dentro de sua blusa, ele sorriu abafado. Quando percebi que aquilo era aquela fase do "jogo de sedução" que a maioria das pessoas fazem antes da transa, afastei meu rosto do de Justin e o fitei, ele passou os dedos pelo cabelo, colocando sua franja pra cima e me fitou.
Você é...
Sim, sou.
Sei que pode parecer imaturo, antes do tempo, coisa rápida demais... Mas Nathalie, eu, quando estou com você, perco totalmente o controle de todas as partes do meu corpo. Eles gritam por você, precisam ficar perto, precisam te tocar, te sentir. Eu não sei onde parar, eu...
O interrompi com três selinhos, coloquei as mãos em seu rosto e o beijei devagar, acariciei seu cabelo, e finalizando o beijo, sussurrei:
Vamos dar tempo ao tempo... Confio em você, e sei que quando tiver que ser, será. Dei um beijo na pontinha do nariz dele e ele deu um sorriso torto.
Deite do lado da Kristen, ela prometeu que ficaria no meio. E o meio deixa de ser meio quando não tem duas pessoas de cada lado para torná-lo o meio. Nós rimos, me atrapalhei demais nas palavras.
Boa noite, loirinha. Ele sussurrou no meu ouvido e mordeu seu lóbulo, o que me fez arrepiar.
Boa noite, Baby. Mordi a pontinha de sua orelha.
Ele sorriu, jogou os óculos em algum lugar do quarto e desligou a TV. Pude sentir a cama mexer-se e ouvi uns barulhos vindo da mesma, Justin encostou a cabeça no travesseiro e se cobriu. Senti uma mão acariciando minha coxa.
Bobo... Sussurrei.
Minha. Ele respondeu.
Em alguns segundos fechamos os olhos e adormecemos.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

A parceria - Cap. 12 - Jealous

P.O.V. Justin:
Acordei cedo, me vesti e desci. Kenny estava a minha espera, mamãe havia saído com Scooter. Entrei no carro e fui em direção ao aeroporto buscar três meninas que serão uma novidade para Nathalie. Desci do carro com Kenny me dando cobertura, quase fiquei cego com tantos flashes, mas sobrevivi. Chegando ao galpão de desembarque avistei minhas "primas" Molly, Mabelle e Kristen. Elas são filhas de uma amiga da minha mãe e vieram passar um tempo aqui em Nova York.
– Jus! – Mabelle me viu e chamou as meninas.
Molly abriu um grande sorriso e veio correndo em minha direção, me abraçou:
– Dr. Bieber! – Ela gritou, a girei no abraço, a tirando do chão.
– Shawty! - Sorri.
Mabelle e Kristen me cumprimentaram também. Pegamos o carro e fui dirigindo em direção de casa.
– O que anda fazendo? – Kristen disse.
– Cantando, saindo, me divertindo... – Respondi.
– Namorando. – Ela completou.
– É, espertinha. – Molly disse, eu apenas sorri envergonhado. Conversamos mais um pouco e finalmente chegamos em casa. Abri a porta e subi com as meninas, mostrando toda a casa.
– Quero ver o quarto do Bieber. – Kristen sussurrou para Mabelle.
– Deixa de ser inconveniente. – Ela respondeu.
– Vamos lá! – Eu disse, pisquei.
Fiquei de frente pra porta do meu quarto e coloquei a mão na maçaneta:
– Preparadas para o momento? – Sorri.
- Por que Jus? Suas cuecas cheiram tão mal assim? - Molly disse, rindo.
Nós rimos. Quando abri a porta e olhei pra cama, Nathalie estava sentada lá e parecia estar a minha espera. Quando me viu, abriu um sorriso, mas ao ver as meninas ele se fechou.
– Essa é a Nathalie Eva, Dr. Bieber? – Molly disse, a olhando.
– Nathalie Evans. – Ela disse, dando ênfase no sobrenome. Sorriu irônico.
– Hm. – Molly disse, desinteressada.
– Vou indo pra não atrapalhar. – Ela passou por nós e nos olhou. - Foi uma honra... – Ela disse num sinal pra que as meninas se apresentassem.
– Mabelle.
– Kristen, ou Kris.
- Molly. - Ela ficou de frente pra Nathalie, a fitando.
Nathalie saiu do quarto e quando me dei conta já estava atrás dela.
– Ei... - Eu gritei. – Fica!
– Não me disse que três meninas viriam passar o dia com você. – Ela parou, se virou e cruzou os braços, séria.
– Passar o dia? – Kenny disse, enquanto passava pela sala. – Elas vão ficar um tempo morando aqui! – E saiu de lá em seguida, sorriu.
- O que?! Por que não me disse, Justin? Que brincadeira é essa? – Ela gritou.
– Eu ia falar, mas aconteceram aquelas coisas ontem no show e com o Dylan... Eu ia falar.
– Quando?
– Eu...
– Já ouvi o bastante. – Ela desviou o olhar. – Eu ainda estou meio mal por causa de ontem, então vou voltar pra casa.
– Natie!
– Fiz macarrão pra você, peguei a receita num site italiano, espero que goste. E que suas amigas também. – Ela sorriu com os lábios e saiu dali, assim, sem mais nem menos, não me dando chance de explicação.
– Minha loirinha... – Suspirei.
– Podemos comer macarrão? – Kristen disse, puxando minha blusa.
– Claro que sim! - Tentei disfarçar a tristeza. – Vamos? – A peguei no colo e a mesma assentiu.
Chamamos Mabelle e Molly, fomos pra cozinha e comemos tudo, o macarrão estava muito gostoso!
– Queremos dar um Tour por Nova York, Justin. – Molly disse, me olhando.
– Meninas é melhor que Kenny faça isso sem mim.
– Por que? – Kristen disse, fazendo bico de neném.
– São muitos paparazzi, pequena!
A sentei em minhas pernas e fiquei as balançando devagar, Kris encostou a cabeça em meu peito e fechou os olhos.
– Tudo bem, eu as levo. – Molly disse.
Ela tem 16 anos, além de já ter morado aqui por um tempo... Saberia exatamente onde levar as garotas.
– Eu vou subir, estou morta! – Mabelle disse. – Vem tomar banho, Kris. – Ela estendeu a mão.
– Quero ficar com Justin, me deixa aqui! – Ela envolveu os braços na minha cintura e os apertou, quase me enforcando. Sorri:
– Deixe ela aqui, depois ela toma poxa. – Pisquei.
– Também vou subir, até mais tarde. – Molly disse, mandou um beijo.
– Quer sorvete? – Olhei pra Kristen, ela assentiu.
A sentei numa cadeira e fui em direção do Freezer, quando sinto alguém me puxar pro corredor. Quando olhei pra pessoa, me surpreendi.
– Oi Jus... - Ela disse.
Era Nathalie, ela estava com os olhos tão azuis que eu me perdia os olhando. Eu apenas me aproximei devagar, ela colocou a mão em meu pescoço e eu em seu quadril. Quando o beijo começou a ficar mais quente:
– Cadê o sorvete? – Kristen disse, olhando em volta e parou o olhar em mim junto da Nathalie. Paramos o beijo e olhamos pra ela, Nathalie colocou as mãos no rosto e riu, com vergonha. Eu sorri e dei uma mão pra Kristen:
– Que tal irmos tomar um sorvete no Central Park? – Olhei pra elas duas e pisquei pra Nathalie.
– Legal! Amo andar de carro! – Kris disse, e deu vários pulinhos.
Entramos os três no carro, comecei a dirigir e Kristen ficava cantando cantigas. Muitas vezes eu e Nathalie começávamos a acompanhar, trocando olhares que a deixavam vermelha na maioria das vezes.
– Gosta de qual sorvete? – Kristen disse, olhando pra Natie.
– Morango. Um dia comi tantas casquinhas que cheguei a passar mal. – Elas riram. – E você?
– Também! Awn... Gostamos do mesmo sabor de sorvete, bate aqui! – Ela levantou uma mão e Nathalie bateu na mesma, sorrindo.
Chegamos no Central Park e saímos do carro, os paparazzi ficaram longe por causa de Kristen. Fomos para uma barraquinha de sorvete, compramos um pra cada e nos sentamos na grama.
– Nathalie... – Kris disse.
Quando ela se virou, Kristen sujou seu nariz, ela fez uma cara surpresa e sorrindo, sujou a bochecha da pequena Kris. Quando ela abaixou a cabeça pra se limpar, sujei o queixo da Natie. Ela olhou pra Kristen e começaram a me sujar, eu fazia o mesmo com elas. Depois de cinco minutos nos acalmamos e cada um se limpou, Nathalie ajudou Kristen um pouco.
– Jus, posso ir no balanço? – A pequena disse.
P.O.V Nathalie:
– Claro, mas daqui a pouco vamos embora. – Ele respondeu.
Ela saiu e eu fiquei sozinha com ele. Pra quebrar o silêncio, eu disse:
– Quem são elas? – Enquanto perguntei, não tirei os olhos da grama, as arrancando devagar, uma por uma.
– Filhas de uma amiga da minha mãe. Chegaram de Chicago.
– Descreva-as. – Respondi, ainda sem olhá-lo.
– Kristen é a caçula, tem 6 anos. É sincera, divertida... Um anjo. Mabelle é a do meio, tem 14 anos, é a mais dramática... Complicada, já se envolveu com drogas e bebida, já foi presa por furtar algumas coisas. Mas parece já ter superado tudo isso.
– E aquela morena que pronunciou meu nome errado? – Eu disse, meio que num sussurro.
– Molly. É legal, simpática, amiga... A mais velha, tem 16 anos. É uma ótima amiga além de ser gos...
– Não se atreva a terminar. – Olhei pra ele, séria.
Ele sorriu e me deitou na grama, subiu em cima de mim devagar e ficou me olhando por um tempo. Virei o rosto e ele o virou novamente, me fazendo fitar seus olhos. Colocou uma mão em meu rosto e me encheu de selinhos. Encostou nossas testas e ainda de olhos fechados sussurrou:
– Deixa de ser ciumenta, loirinha. Não vai acontecer nada, é você quem eu amo. Sempre será assim.
– Qualquer homem quer uma morena e uma loira. – Respondi.
– Eu só quero minha loira.
Eu sorri, avistamos Kristen vindo em nossa direção e ele saiu de cima de mim, se levantou e em seguida estendeu a mão, me levantando e me deixando ao seu lado.
– Vamos já? - Ela disse.
Entramos no carro, fomos pra casa do Justin.
– Quer brincar comigo? – Ela disse.
– Não posso anjo, amanhã tenho que acordar cedo pra escolher uns vestidos. Vou pra uma premiação, tenho que ficar mais quietinha hoje.
– Posso ir com você? - Os olhos dela brilharam.
– Claro! Miley vai, você se importa?
– Miley Cyrus? – Do jeito que ela falou pensei que fosse cair durinha no chão, mas ela respirou fundo e me olhou, esperando a resposta.
– Ela mesmo. Marco com Justin de vir te buscar amanhã. Agora vai tomar banho e descansar, ta bom? Tem que estar bem disposta! – A abracei forte e dei um beijo em sua bochecha.
Justin subiu com ela para guiá-la até o quarto onde suas irmãs estavam. Depois de alguns minutos ele desceu, fiquei do lado da porta esperando ele se aproximar.
– Kristen é difícil de lidar no começo, ela gostou de você.
– É... Acho que sim. - Sorri. - Já vou. Amanhã eu e ela iremos sair pra fazer compras! Venho cedo, pede pra aquela menina arrumá-la.
– Molly? – Ele levantou uma sobrancelha e ficou mais próximo de mim. Bufei, e não respondi.
– Não esquece que quero ela arrumada cedo, hein. Tchau. – Abri a porta, mas no mesmo momento ela se fechou.
– E meu beijinho?
Justin envolveu os braços na minha cintura e colou nossos corpos. Sorri de leve e coloquei as mãos no rosto dele. Aproximei nossos lábios e nos beijamos. Depois de alguns segundos, paramos com vários selinhos.
– Até amanhã. - Ele disse, abriu a porta pra mim e piscou.
O olhei, baguncei seu cabelo e rindo, saí de lá. Ele ficou emburrado e eu mostrei a língua. Entrei em meu carro e fui em direção de casa, cheguei e me joguei no sofá. Na TV passava A Última Música, com minha Miley. Fiquei assistindo o resto do dia.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A parceria - Cap.11 - Broken Heart

P.O.V. Nathalie:
Paramos o beijo, e quando olhamos pro lado, vimos Scooter com uma cara séria. Ele nos olhava de cima a baixo, já que meu corpo estava encostado no de Justin, e eu estava com as mãos na cintura dele. O que talvez o fez pensar que eu não queria ter beijado Justin (o que era mentira). Ele com a mão na minha cintura, e a outra na minha nuca. Justin me soltou devagar, ficou de frente pro Scooter e envolveu o braço na minha cintura.
– O que conversei com você, Justin? – Ele disse, segurando meu braço e me puxando devagar, me deixou na frente dele. Eu vi Justin e soltei um sorriso baixo.
– Mas Scooter, não fiz nada de mais!
– Não quero saber, a Nathalie é uma criança!
– Espera, o que?! – Eu fiquei no meio dos dois, coloquei minhas mãos na minha cintura e encarei os dois por um tempo – De criança só a Jazmyn!
– Foi isso que disse pra ele – Justin disse, mostrando a língua pro Scooter.
– Sei disso Nathalie, mas nunca se sabe o que Justin vai fazer. Conheço ele desde pequeno.
– Scooter, coisa linda da minha vida...
Eu disse, ficando na frente dele e envolvendo meus braços em sua cintura, encostei meu queixo em seu peito, o olhando atentamente.
– Justin me respeita, e eu sei me cuidar, tudo bem? – Pisquei. – Fica despreocupado pai, poxa! – Fiz bico e beijei o queixo dele.
– É isso aí Scooter. – Justin se aproximou e abraçou Scooter também. – Estamos bem! – Ele piscou.
Rimos e ficamos ali conversando por um tempo, mas claro, eu ficava sempre do lado de Scooter e Justin um pouco longe.
– Como sou legal... Vou deixar vocês conversando um pouco sobre o show de hoje... – Scooter disse, me dando um beijo na testa e se afastando. – Ou falem sobre matemática! – Ele piscou.
Ele saiu de lá, eu olhei pro Justin e ele fez o mesmo, caímos na gargalhada do nada.
– Obrigada por hoje – Eu disse, sorrindo.
– Não foi nada além do que você merece – Ele disse.
– Eu sei que vacilei ontem. Juro que não foi minha intenção.
– Eu sei. Sunshine me disse.
– Sunshine, te amo! – Eu disse, olhando pra estrela e sorrindo.
– Ela é minha ok? – Ele disse sério.
– Hm, desculpe.
– Tudo bem... Ela é minha, como você também.
– Sei que sou sua... – Dei um selinho nele. – Quero arrumar uma estrela também. Mas talvez a Mackenzie fique com ciúmes.
– Quem é Mackenzie? – Ele me olhou, me puxando e envolveu os braços na minha cintura.
– Minha fada. Tipo a Sininho, do Peter Pan. – Sorri.
– Acredita em fadas? – Arregalou os olhos.
– Pode saindo! Você acredita em estrelas falantes. Fadas são mais acreditáveis.
– A Mackenzie te ajudou alguma vez?
– Ela me consolou enquanto eu estava no carro, que estava de cabeça pra baixo, junto com meus pais inconscientes. Quando descobri que meus pais não resistiram, Mack secou minhas lágrimas. – Eu disse, fungando de leve pra evitar o choro.
– Sinto muito... – Ele colocou uma mexa do meu cabelo pra trás.
– Tudo bem. Estou superando. – Sorri fraco.
– Sabe que tem sua família agora, certo? Eu, Scooter, Megan, minha mãe, Chaz, Jessica. E quem sabe, talvez, num futuro bem próximo, Jasmine.
– Sei disso, Jus. – Dei outro selinho nele. – Estou bem.
Ele sorriu e, em passos lentos, me encostou na parede. Colocou a mão entre meus cabelos e encostou a ponta do meu nariz na ponta do dele.
Ele fechou os olhos lentamente e colocou a outra mão na minha cintura, a apertando devagar. Fechei meus olhos em seguida e coloquei minha mão em seu rosto. Ele foi aproximando seu lábio do meu bem devagar, então começamos a nos beijar. É incrível como temos sintonia, ritmos iguais, aquela química que todo mundo diz. Justin se aproximou mais, mas não encostou nossos corpos.
– Evans, temos coisas pra esclarecer. – Alguém disse, e dessa vez não era Scooter.
Justin foi parando o beijo, mas dessa vez não tirou a mão da minha cintura. Viramos nossos rostos no mesmo momento, e Justin me olhou imediatamente. "O que ele está fazendo aqui?", ele mexeu a boca, sem deixar que a voz saísse. Continuei de rosto virado olhando pra aquela pessoa, imaginando o que ela queria:
– Esclarecer o que? – Justin disse.
– Não se mete nisso, Bieber. – Dylan disse, sim, meu ex ficante estava ali e não tinha uma cara boa.
– Claro que me meto!
Justin ficou na minha frente, respirando fundo pra se controlar. As mãos dele ficaram retas, como se ele estivesse sussurrando "calma" pra si mesmo. Ele foi indo mais pra perto do Dylan, e os dois se olharam nos olhos, enfurecidos.
– Está nervosinho? – Dylan disse, o encarando.
– Mesmo eu tendo motivos pra isso, não vou gastar muita saliva com você. – Justin dizia, lentamente.
–Então pode vir, tiro sua saliva da boca com socos ao invés de com palavras. – Dylan provocava.
– Ha, mas eu vou mesmo... – Justin deu dois passos e a frente.
– Não vou deixar que isso aconteça. – Eu disse, ficando entre os dois e afastando-os com minhas mãos. –Justin... – Me virei pra ele. – Me deixe conversar com Dylan, tudo bem? – Ele ia dizer algo, mas continuei – Se eu precisar de algo, te chamo. Eu prometo. – Segurei as mãos dele. – Faz companhia a Sunshine até eu voltar, conta a ela o que você está sentindo. – Sussurrei no ouvido dele. – Mackenzie te chama se algo acontecer. – Disse e dei um selinho nele.
Enquanto eu e Dylan íamos pro quarto ao lado do que eu estava com Justin, mandei uma mensagem de texto pra Miley:
"Milesss, Dylan apareceu! Se eu demorar cinco minutos pra te responder, manda uma SMS pedindo pro Justin vir pro quarto que eu estou correndo! Ok?"
Eu e ela tínhamos essa mania de pombo correio. Era um modo que achávamos de cuidar da outra, mesmo que não estejamos tão perto. Eu e Dy entramos no quarto, ele me olhou atentamente.
– O que você acha que sou? Bobo? – Ele gritou, me olhando enquanto estava com o corpo encostado na parede.
– Não. – Eu disse, me sentando na cama e o encarando.
– Por que me trocou por ele?
– Não troquei ninguém, Dylan. Vê se me entende, não havia amor entre nós e você sabe tão bem disso quanto eu. – Eu disse calma.
– E por ele há? Tenha dó, Nathalie. Conhece ele a algumas semanas.
– Mas ele me conquistou. – Eu disse, olhando pras minhas unhas enquanto saíam faíscas do ouvido dele.
– Não acho que tenha sido mais que eu. Nos conhecemos desde pequenos, não dá pra terminar desse jeito cara! – Ele disse como se falasse pra mim e pra ele mesmo.
– E por a gente se conhecer desde pequeno, eu achei que fosse mais fácil pra você. Poxa, somos tão próximos, ainda podemos ser amigos. Eu quero ser sua amiga, você é um garoto legal.
– Não quero ser seu amigo, quero ser mais que isso.
– Nem tudo tem que ser como você quer, sabia? Aprenda a ser menos egoísta, Dylan. Isso é feio.
– Feio mesmo é o que você faz. Há um mês atrás era eu quem estava de agarramento com você! – Ele gritou novamente, se aproximando mais de mim.
– Para com isso! – Me levantei rapidamente e coloquei as mãos na cintura. – Justin me respeita, estávamos apenas nos beijando.
– Ok, o garoto é um santinho!
– Bem melhor que você, pode ter toda certeza que ele é. – Eu me aproximei mais dele, e dessa vez gritei.
– Ah é? Vai me dizer que ele tem o mesmo toque que eu tinha? Não me engana, Evans! – Ele disse, com um sorriso irônico, se aproximando mais, mas nossos rostos ainda não estavam um de frente pro outro.
– Ele não tem o mesmo toque que o seu, ele tem um toque melhor que o seu. – Eu disse, ficando de frente pra ele e tocando forte o peito dele com o dedo indicador a cada frase que eu dizia.  – Ele é mais bonito. Mais legal. Mais carinhoso. Mais criativo e tem um toque muito melhor que o seu! – Dei ênfase na última frase, o que o deixou muito nervoso.
– Olha aqui, Nathalie – Ele disse, segurando meus dois braços e os apertando, eu gemia e pedia pra que ele parasse. – Se acha que isso vai ficar barato, não vai mesmo. – Ele disse. – Acha que eu fiquei satisfeito com nosso relacionamento? Não! – Ele disse, me jogando na cama e ficando em cima de mim. – Ainda não consegui fazer certas coisas com você, e isso é uma pena, já que você tem um corpinho legal. – Ele disse, passando a mão direita na minha coxa, até minha cintura, voltava a minha coxa e a apertava.
– Você não vai fazer isso, não pode, é desumano. – Eu dizia, respirando fundo pra não chorar de nojo da situação que eu estava.
– Desumano mesmo foi não aproveitar você enquanto eu podia. Olha só como você é linda. – Ele dizia, levantando meu vestido devagar e olhando pra minha barriga, dando mordidas de leve nela.
Eu tentava sair, mas de algum modo ele fazia que eu não conseguisse:
– Pra que tudo isso? O que custa você se conformar de uma vez?
Eu já estava chorando e me debatendo na cama, arrumando formas de abaixar meu vestido. Ele beijava minha coxa e alisava minha barriga, subia e beijava meu pescoço, deu um chupão, o que me fez chorar ainda mais. Ele subiu o rosto e deixou nossos olhos se encontrarem, ele estava com um sorriso se orelha a orelha. Antes que eu pudesse pensar, ele me beijou. Pra ele estava sendo gostoso, pra mim nojento. Coloquei minhas mãos em seu peito, tentando empurrá-lo, ele colocou os braços em volta das minhas costas e colou nossos corpos, o que tornava impossível eu sair dali.
– Sai de cima de mim! – Eu tentava dizer, mas o beijo abafava qualquer coisa que tentasse sair de minha voz.
– Não ouviu ela dizendo pra que saia de cima? Você tem algum problema?
Justin veio correndo até a cama, e depois de um pouco de esforço, tirou Dylan de cima de mim. Dylan estava com os lábios vermelhos, a respiração ofegante e o cabelo completamente bagunçado.
– Sua namoradinha é gostosa. Muito. – Ele disse olhando pra mim, o que me fez chorar ainda mais.
– Garotas não tem que ser tratadas dessa forma, seu idiota!
Justin o empurrou contra a parede forte, e foi em direção a Dylan. Justin respirou fundo e o encarou, começou com um soco no queixo, o que fez a cabeça de Dylan subir e descer no mesmo segundo. Jus bateu o joelho direito na barriga de Dylan, o fazendo gemer de dor e colocar a mão na mesma. Justin bateu a testa dele na de Dylan, em seguida lhe deu um soco no nariz, o que fez Dylan fechar os olhos e sair dali no mesmo momento, sem nem se importar com o que íamos pensar. Justin me olhou, preocupado, e veio em minha direção.
Eu ainda chorava muito, sem acreditar na situação que tinha acabado de acontecer. Me sentei devagar na cama e ajeitei meu vestido, chorando descontroladamente, coloquei minhas mãos na boca, sem conseguir disfarçar a Justin o quanto eu estava assustada. Ele sentou de frente pra mim e colocou as mãos no meu rosto, olhando em meus olhos:
– Ele, ele... Justin você viu que... – Eu tentei dizer, mas as palavras não saíam.
– Está tudo bem agora, tenta ficar mais calma. Eu estou aqui. – Ele dizia, acariciando meu rosto lentamente, vendo que não havia muita coisa a se fazer pra que eu parasse o choro.
A única coisa que consegui fazer foi me aproximar de Justin e encostar e cabeça em seu peito, chorando muito. Envolvi meus braços nas costas dele devagar, ele envolveu os braços na minha cintura e fez carinho nas minhas costas.
 – Poxa amor, pedi pra que você não viesse sozinha. Eu pedi.
 – Mas Justin, ele nunca tinha feito isso antes.– Eu disse, respirando fundo enquanto Justin passava a ponta dos dedos abaixo dos meus olhos, limpando minhas lágrimas. – Eu confiava nele.
– Nathalie, temos sempre que esperar o pior das pessoas. Mesmo se a gente pensar que conhecemos elas. – Ele disse, me olhando.
– Eu sei... Quero distância dele. Muita. Nunca mais confio nele, não quero papo com ele.
– Está tudo bem, ok? Fique calma, estou aqui. – Ele beijou minha testa, beijei atrás da orelha dele e percebi que ficou arrepiado.
Ouvimos a porta abrindo rápido, e era o pessoal de sempre: Jasmine, Jessica, Chaz, Willow, Jaden, Scooter, Megan, Pattie e Kenny. Eles perceberam o meu estado e o modo como a cama estava desarrumada, eu ainda chorava baixinho e Justin passava a mão devagar no meu cabelo.
– O que aconteceu aqui? – Scooter disse, vindo em minha direção, com todo o pessoal atrás dele.
–Vimos o estado do Dylan, ficamos preocupado. Esclareçam tudo pra gente? – Megan disse, ficando do meu lado.
– Scooter! – Eu disse, indo em direção a ele e o abraçando forte, ele beijou minha cabeça e envolveu os braços na minha cintura, me tirando do chão. Em seguida beijou minha testa. – Já está tudo bem agora. – Eu disse, ele me colocou no chão e me olhou nos olhos. Prendi meu cabelo num coque.
Me sentei ao lado de Megan, e todo o pessoal veio sentar na cama. Eu e Justin contamos a história direitinho, dona Pattie ficou abismada com o que Dylan fez, lembrando de certos episódios que aconteceram com ela quando era pequena.
– Então foi isso. Acho que se Justin não tivesse aparecido, algo pior poderia estar acontecendo. – Eu disse, encostando a cabeça no ombro dele e entrelaçando nossos braços.
– Não conseguimos ouvir nenhum grito. – Jessica disse.
– É, se não a gente tinha vindo ajudar. – Chaz disse.
– Com toda certeza! Tão horrível o que esse garoto fez. Ele merece ser punido, não acham? – Jasmine disse.
– Vou tomar as providências necessárias. – Scooter disse, pegando o celular do bolso.
– Não! O que eu mais quero é distância do Dylan. Acho melhor esquecer ele, quem sabe ele não suma por um tempo. Ele demorou pra falar comigo.
– Demorou tanto, talvez planejando o que fez. – Megan disse. – É melhor sim darmos um jeito nisso, mas por enquanto, pela sua vontade, não.
– Entendo muito bem o que você está sentindo. – Pattie disse, se levantando e me puxando, ficamos uma de frente pra outra. – Fique calma, já passou. – Ela disse, passando a mão pelo meu cabelo e colocando a franja pra trás. – Justin é um anjo e vai cuidar de você. Está tudo bem. – Encostei a cabeça no peito dela, enquanto ela acariciava minha cintura.
– Sei que me entende, dona Pattie. Obrigada por isso. – Beijei a bochecha dela devagar, e ela sorriu com os lábios
Depois de todo o acontecimento do show e principalmente do Dylan, Justin me trouxe em casa. Megan fica do meu lado como cão de guarda e Scooter me liga de dez em dez minutos. É como se o mundo parasse e ficasse todo voltado pra mim.
– Todo cuidado é pouco. – Justin disse, no telefone.
– Mas Jus...
– Natie te quero segura, protegida como um neném. Em segurança total.
– Obrigada por isso. – Sorri fraco.
– De nada. Agora vai dormir, ta tarde.
– Mas...
– Sem mas loirinha, por favor.
– Tudo bem. – Choraminguei. – Boa noite, dorme bem.
– Boa noite.
– Tchau. – Desliguei.
Não se passaram nem cinco segundos e o telefone tocou novamente.
– Não esqueceu de dizer algo, Evans?
– Ah, esqueci? –  O provoquei.
– Não vai falar é? Ta bom, tchau...
– Ei, eu te amo. – Eu disse, num sussurro, ele sorriu.
–Eu também. – Ele sussurrou. – Agora durmo feliz.
– Own! – Respondi, posso apostar que meus olhos estavam brilhando. – Megan me mandou dormir também, que saco!
– Tem que dormir mesmo. Tchau Evans.
Então depois disso fomos dormir, pensando em como é bom ter ele do meu lado. Acabei adormecendo.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A parceria - Cap .10 - I'm sorry, i think that i'm not the best for you

Seis da tarde, já arrumada e preparada – ou não – pra pedir desculpas ao Justin.
– Não sei o que fez de errado. De verdade! – Jaden dizia, ele estava comigo no carro, a caminho do show.
– Nem eu, Jaden. – O olhei – Mas não quero ficar desse jeito com ele.
– Eu sei... Ele parece gostar de você.
– Gosto dele.
– Sei que não devo me meter – Jasmine disse. Ela também estava ali dentro, com o mesmo humor indefinido que sempre costumava ter comigo – Mas não acha que deve um tempo ao Justin?
– Desculpe, mas acho que não sei onde quer chegar – Eu disse, encostando a cabeça na janela e rezando pro Scooter chegar logo no Staples Center.
– Talvez vocês não combinem tanto.
– Estamos juntos a alguns dias, não há um modo de você tirar conclusões a essa ponto tão rápido.
– Aí que você se engana! – Ela disse e puxou meu braço de leve, me fazendo virar o rosto – Se namorando a alguns dias já brigam desse jeito, imagina daqui dois, três anos.
Me lembrei da praia: eu no colo de Justin, olho no olho, e ele dizendo que daqui a dois, três anos, eu seria ainda mais dele.
– Jasmine... – Jaden a olhou com reprovação.
– Se sua preocupação são as brigas, relaxe. Eu resolvo os problemas sempre que posso. – Eu disse e olhei pra baixo, realmente o caminho estava sendo longo.
– E quando não puder?
– Villegas! – Scooter disse – Chegamos.
Respirei fundo e saí do carro. Entramos pelos fundos, mas antes tiramos umas fotos. Fomos pro camarote, onde podíamos ver todo o lugar. Achei um violão e comecei a tocar one time, imaginando Justin cantando pra mim.
– Ele gosta de cantar One Less Lonely Girl pras garotas, Natie – Jessica me interrompeu, sorrindo.
– Ah, eu sei... – Disse, deixando o violão de lado. – Mas OLLG é das Beliebers – Pisquei.
– Se está à procura dele, ele está no camarim fazendo o aquecimento. E na real, ele não está bem.
– Como assim? Ele está com dor? Se machucou? – Falei, preocupada.
– Não, boba! Ele não se concentra em nada desde ontem. Ele disse pra gente o que aconteceu. A briga.
– Faz parte.
– Veio se desculpar? – Fiz um sim com a cabeça – O que espera? Vai lá!
Sorri, beijei a bochecha dela e fui até o camarim do Justin. Fui e voltei várias vezes, respirei fundo e bati na porta.
– Larga ela, Justin! Essa menina não é pra você! – Ouvi alguém gritar lá dentro.
– Ah, e quem sabe disso? Você?
– Te garanto, vale confiar em mim. Sabe disso como ninguém.
– Gosto dela deixa de ser implicante! Chega! – Ele gritou mais alto.
– Estou cansada de te ver sofrer, se dá valor. Custa?
– Eu me dou valor, você que fica com um garoto de onze anos. Pelo menos é meu amigo, e sei que ele te trata bem. – Ele falou mais baixo.
– Ele gosta de mim, essa menina não. Acorda! – O ouvi bufar.
Justin abriu a porta devagar, e quanto levantou a cabeça, me olhou atentamente. Engoli seco e disse:
– Precisamos conversar. Ou melhor, eu preciso me desculpar. Jus, eu quero ficar agarrada com você na frente de todos. Não importa se...
– Ainda não terminei! – Vi Jasmine abrindo mais a porta e ficando ao lado de Justin, me olhou.
– Não é uma boa hora. Nunca vai ser. Você tem razão Jasmine, acho que não combinamos. – Eu disse.
Dei dois passos pra trás e me virei, andando depressa. Tentando conter o choro, respirando fundo e me consolando.
– Por quê? Fiz algo tão ruim pra alguém, desse jeito? Poxa! – Sussurrei pra mim mesma, olhando pra baixo.
Na verdade não sabia ao certo pra onde eu estava indo. Quando me dei conta e olhei pra frente, estava num lugar totalmente escuro e silencioso. Me virei pra voltar e uma luz branca e forte, de repente, fez um circulo em volta de mim. Dei dois passos pra frente e senti uma mão puxar meu braço devagar, no lado oposto do meu. Respirei fundo e a pessoa foi se aproximando lentamente.
O modo como a luz estava cobria o rosto da pessoa, mas aos poucos a boca bem desenhada, o nariz e o olho angelical  – sendo a cor de mel mais linda que já vi – foi aparecendo. Ele foi mostrando os dentes devagar, e me olhou nos olhos, com as duas sobrancelhas levantadas e com ar de feliz.
– Nath... – Ele disse, se aproximou de mim e colocou uma mexa do meu cabelo pra trás, dessa vez, sorrindo apenas com os lábios.
Me aproximei mais dele e coloquei minha mão em seu braço, encostei nossas bochechas. Ele colocou a mão na minha cintura. Sussurrei no seu ouvido dele lentamente:
– Justin, o que você está fazendo?
Ele sorriu, deixando um ar leve sair da boca, sussurrou no meu também:
– Você é a garota, Nathalie.
Ele se afastou devagar e entrelaçou nossas mãos, esticou nossos braços devagar e deu dois passos pra trás. Me olhando nos olhos, ele desviou rapidamente e olhou pra platéia, que não dava pra ser observada, já que tudo estava escuro, depois seu olhar voltou pra mim.
– Você é tão linda... – Ele sussurrou pra mim, com um sorriso apaixonado no rosto. – Você não tem noção do quanto eu estou feliz com nós dois. – Ele disse no microfone, acariciando minha mão com o dedão. – Sei que estamos juntos a... talvez uns dois dias? – Todos sorriram. – Mas o tanto que você me faz bem, o quanto você é carinhosa e cuidadosa, o tanto que temos aquela química... – Ele se aproximou devagar de mim e envolveu um braço na minha cintura, me puxando mais pra perto. – Ah Nathalie... Eu nunca vou te trocar por nada. – Ele disse no microfone, colocando uma mão no meu rosto e acariciando minha bochecha devagar.
A única coisa que eu conseguia fazer era ficar paralisada e observar aquela cena que eu nunca imaginei que aconteceria comigo, encostei minha testa na de Justin e coloquei a mão em sua nuca, o que o deixou arrepiado quando a arranhei devagar.
– Você é minha menina, meu sonho. – Ele disse, tocando nossos narizes, o que me fez fechar os olhos e fungar devagar, sentindo o aroma gostoso do perfume dele. – Tenho toda certeza do mundo que só você me faz feliz, Evans. – Ele disse tudo no microfone. Dei um selinho demorado nele, tocando nossos lábios. – Morro de desejos por você. – Ele sussurrou pra mim.
Ele envolveu o braço na minha cintura e segurou-a forte, me inclinou pra baixo devagar, com os olhos vidrados aos meus. Eu fazia o mesmo. Nossos narizes estavam encostados, minha mão estava na parte de trás do cabelo de Justin, e eu o puxava de leve, depois fazia carinhos lentos com os dedos. Envolvi meu braço em sua nuca, ele aproximou nossos lábios e nós nos beijamos. Um beijo lento, gostoso, completamente apaixonado. Paramos o beijo depois de uns cinqüenta segundos, e Justin me olhou atentamente. Eu estava com uma mão em sua bochecha, a acariciando com o dedão.
– Promete ser minha pra sempre? – Ele sussurrou.
– Eu prometo. – Eu sorri e dei um selinho nele.
Ele me colocou de pé e ajeitou o cabelo. Colocou a mão no bolso de trás da calça e lá de dentro, tirou uma caixinha. Coloquei uma mexa do meu cabelo pra trás e o observei, quando percebi, Justin colocou um joelho no chão e com o outro se apoiou, fazendo um ângulo de noventa graus. Ele abriu a caixinha, a olhou e sorriu, depois olhou pra mim. Com a outra mão, segurou a minha e a estendeu pra ele.
– Posso ser seu príncipe? – Ele disse, no microfone.
Eu coloquei a outra mão sobre minha boca, já que eu não conseguia expressar a tamanha surpresa que eu estava sentindo diante daquilo tudo. Fiz sinal de sim com a cabeça e sorri, tirando a mão da minha boca e o olhando. Ele colocou o anel sobre dedo anelar da mão esquerda, onde se coloca o anel de casamento. Pude sentir uma lágrima sair do meu olho, cheia de emoção misturada com felicidade e um pouco de surpresa. Ele se levantou e me olhou, sorriu e disse no microfone:
– O anel de casamento é colocado no dedo anelar da mão esquerda, porque é o único dedo que tem uma veia ligada ao coração. – Ele sorriu, eu fiz o mesmo e o abracei forte, encostei o queixo em seu ombro. Ele me tirou do chão e me rodou rapidamente, eu sorri e beijei sua bochecha. Ele me soltou e quando olhei pra platéia, as luzes já estavam acesas. Todos começaram a gritar, bater palmas e gritar Jathalie. Algumas Beliebers choravam... Uma loucura! Eu olhei pro Justin e sorri, encostei a cabeça em seu ombro e ficamos ali por uns dois minutos, agradecendo ao carinho delas. A pedido das mesmas, coloquei a mão no rosto de Justin e dei um selinho demorado nele, o que o fez arrepiar. Sorri, pisquei pro Justin, acenei pra todas as fãs e saí de lá em passos lentos, sem acreditar no que tinha acontecido.
– O que foi aquilo, Nathalie Evans? – Scooter disse, de braços cruzados, me encarando.
Ele dava uma de meu pai as vezes, achava isso fofo demais da parte dele.
– Poxa pai, não foi nada de mais. – Abracei ele, ele beijou minha cabeça e acariciou minhas costas.
– Vou conversar com o Justin, temos que estabelecer umas regras por aqui.
– Ué, foi você que sugeriu o namoro! – Eu disse, rindo e me afastando dele.
– Não disse nada sobre vocês terem que se...
– Sim, vocês terão que se beijar! – Cruzei os braços – Estúdio? Jathalie? Twitter? Lembranças? – Ri.
– E eu me lembro muito bem da senhorita descordando totalmente da idéia, mocinha. – Ele cruzou os braços, tentando fazer uma cara séria.
Descruzei os braços dele e encostei minha cabeça em seu peito.
– Quanta palavra difícil, pai! – Fiz bico de bebê – Foi só um...
– Valeu Nathalie! Pegando o Justin! Finalmente ele encontrou alguém pra aturá-lo! – Chaz disse, se jogando numa cadeira.
– Meu conselho ajudou muito viu, Natie? – Meg disse, piscou pra mim e sorriu. Ajeitando uns papéis na mão.
– Toda felicidade do mundo pra vocês! – Jéssica disse e me puxou, me abraçando forte.
– Obrigada, Jes.
Sorri e beijei a bochecha dela, que se avermelhou na hora.
Ela me soltou e sentou no colo de Chaz, eles conversavam como duas crianças. A Jes era muito fofa. E o Chaz... Hm, ele era O Chaz. Se eu não estivesse com o Jus, dava um leve mole pra ele. Ele é, legal. "Cala a boca, Nathalie"; pensei. Sorri e olhei pro Scooter, que não parava quieto organizando o Show, dançarinos e iluminação. Meu pai postiço! Meus pensamentos foram interrompidos e a raiva, ciúme e desgosto tomaram conta da alegria. Jasmine entrou na sala.
Me afastei um pouco de todos e fiquei meia escondida num canto que dava entrada ao palco, pude ver Justin perfeitamente. Ele dançava e cantava Love Me, quando me viu sorriu e piscou, seguindo com o show. Mandei um beijo.
– Parece que eu estava errada com relação a vocês. – Era Jasmine, atrás de mim.
Me virei e a encarei, cruzei meus braços.
– Pois é, Jasmine.
– Olha, meu problema não é com você. A Selena seduziu Justin e apenas o usou, manipulou... Tanto! Quando ela terminou, ele ficou arrasado, super pra baixo por semanas.
Eu ia dizer algo, mas ela continuou:
– Não torço pra que vocês não dêem certo, mas rezo pra que ele não fique daquela forma novamente. É melhor prevenir que remediar. No caso, é melhor ficar solteiro do que correr o risco de sofrer com um término. Por isso preferiria que ele ficasse sozinho. Mas acho que te darei uma chance. Promete não me decepcionar, Evans?
– Sei que quer cuidar de Justin, e acho isso lindo demais. Ele tem amizades verdadeiras, e é isso que merece.
Segurei as mãos dela delicadamente.
– Eu te prometo ser o que ele realmente precisa. Vou tentar curar as feridas dele... – Sorri fraco – Fique despreocupada, Villegas.
Ela, do nada, me deu um abraço apertado e até aconchegante. Ela parecia se sentir sozinha. Acariciei o cabelo dela. Senti alguém nos olhar, quando me virei, Alfredo cutucou Justin e ele nos olhou rápido. Ficaram com cara de "o que?” Eu e Jas rimos, saímos de lá no mesmo momento. O show acabou, e eu segui com o pessoal pra casa do Scooter.
– Foi tão lindo... – Miley dizia.
Ela estava sentada numa cadeira ao lado da minha, olhando o notebook sem piscar. Ali tinha o vídeo da cena perfeita que Justin planejou antes do show hoje.
– Miles, eu sei... – Bufei e olhei pra baixo, balançando meus pés. Já devia ser a centésima vez que ela via o vídeo e dizia o quanto foi lindo.
– Liam podia ser um pouco mais romântico. Acho que mereço carinho de sobra, não é? – Ela fez bico.
– Oh amiga...
Me levantei e tirei o notebook do colo dela, sentei em seu colo e envolvi meus braços em sua nuca, beijei a ponta do nariz dela e acariciei sua bochecha, sorri.
– Fica assim não, o Liam é perfeito do modo dele. Vai me dizer que não acha lindo tudo que ele faz?
– Acho, mas o modo como estamos não está me agradando. Será que dá... É... – Ela bufou.
– Não está me agradando também. Quem devia estar no seu lugar, Destiny, sou eu. – Era Justin, que levantou uma das sobrancelhas e cruzou os braços, encostando o ombro direito na porta.
– Tudo bem! – Eu disse, levantando meus braços como se estivesse me entregando – Parece que ninguém quer carinho aqui!
Levantei do colo da Miley, coloquei as mãos na cintura e fui pra bancada da varanda. Que dava vista pra grande parte de Nova York.
– Ela ficou triste! – Miley disse, com voz de deboche – Alegre ela, Justin – Ela sussurrou e saiu de lá.
Ouvi passos leves e lentos vindo em minha direção, fechei os olhos e senti dois braços envolvendo minha cintura. Justin encostou seu corpo no meu e beijou minha nuca, me fazendo arrepiar.
P.O.V. Justin:
– O que foi? – Ela disse.
– Nada, poxa.
– Hm.
– Olha... – Eu disse, apontando pra uma estrela – O nome dela é Sunshine.
– Dá nome as estrelas que vê?
– Não, essa é diferente.
Ela me olhou atentamente, fazendo um sinal de continue.
– Minha mãe conhece Scooter desde antes de eu nascer. Confesso que acho que eles ficam, as vezes – Ela sorriu de leve. – Depois que fiz dois anos, mamãe passou a me trazer aqui. Scooter é desde sempre como um pai pra mim. Jogávamos hóquei, futebol... Ele me ensinou a andar de bicicleta e a jogar Video Game. Quando tinha seis anos, ele ficou em coma. Minha mãe ficava no hospital comigo, o acompanhando. Sempre que íamos pra casa, já de madrugada, Sunshine nos seguia. Mamãe não percebia, mas eu sim. Quando Scooter completou um mês em coma, comecei a conversar com a Sunshine. Pedia que Scooter melhorasse, ou simplesmente contava meu dia e como eu estava me sentindo. Uma semana depois da minha amizade com ela começar, Scooter saiu do hospital como se tivesse nascido de novo.
– Awn... – Ela suspirou, olhando a estrela.
– Hoje, quando algo me acontece; ou não, converso com ela. Mesmo que Sunshine não fale, ela me conforta como ninguém. Sunshine é meu anjo da guarda em forma de estrela.
– Como nunca a confunde?
– Ela é única, Nathalie. Especial. Ela me segue, acredite – Sorrimos.
– Por que Sunshine? Brilho do sol? É uma estrela!
– Ela está comigo dia e noite, sol e chuva. Nada me impede de vê-la.
– Ah, entendi... Me apaixonei por ela. Olhando assim, percebo que ela é diferente mesmo. Mais brilhante. Tem sorte de tê-la – Ela disse, se virando e ficando de frente pra mim.
– Assim como tenho sorte de ter a Jasmine sendo minha meia-irmã? – Eu disse, a provocando.
– É, talvez... Ela é legal. Cuida de você como a Sunshine.
– Ela é o que?!
Arregalei os olhos, ela riu e colocou a mão no meu rosto, o acariciando.
– Legal! – Ela beijou a ponta do meu nariz. – Conversamos hoje.
– E deram um abraço. – Levantei uma das sobrancelhas.
– É, como eu disse, conversamos. Ela me esclareceu que não vai mais implicar comigo. Talvez, quem sabe, num futuro próximo, nós viramos amigas e saímos pra fazer compras. – Ela disse, piscou.
– Não consigo imaginar um Jasmilie. Seria estranho! – Ela me olhou, com olhar de não entender nada.
– Nathalie e Jasmine dá Jasmilie, entendido?
– Mas pra que essa junção toda? Diz os nomes separados – Ela fez uma careta.
– Nossa, tinha que ser loira mesmo.
– Como é Justin?! – Ela se afastou, cruzou os braços, ficando séria – Qual o problema com minha cor de cabelo?
– Loirinha, não tem nada de mais – Me aproximei dela.
Quando fui beijá-la, ela virou o rosto.
– Não gosto de piadas que envolvam raça, gosto ou estilo.
Achei-a engraçada daquele jeito, toda nervosa. Coloquei a mão na nuca dela e a puxei, sem poder controlar meu desejo de querê-la mais e mais. Ela colocou as mãos na minha cintura, decidindo de estava ou não com raiva de mim. Mas ela me beijou, um beijo lento, sentia a língua dela dançando no ritmo da minha.
– Justin Bieber e Nathalie Evans. – Alguém disse. Paramos o beijo.

domingo, 8 de abril de 2012

A parceria - Cap .9 - I can't say sorry.

– Acorda Nathalie! Vai colocar o biquíni logo...
– Não quero Miley, mais cinco minutinhos poxa, hoje é Sábado.
– O Justin já ta aí, hein... – Ela disse, se virando e indo em direção a porta.
Me levantei na hora, como se tivesse tomado um susto. Corri pro banheiro, joguei uma água quente no corpo rápido, coloquei um biquíni e um short. Soltei meu cabelo e ajeitei a franja, coloquei um chinelo e respirei fundo. Abri a porta e desci as escadas, Justin estava sentado no sofá conversando com Kenny, Pattie, Scooter, Jasmine, Chaz, Jessica e Miley. Todos sorriram quando me viram, sorri de volta e sentei ao lado do Justin.
– Meu amor! – Ele disse, me deu um selinho, pude sentir minhas bochechas queimarem.
– Oi vida... – Encostei a cabeça em seu ombro, sorri.
– Então, vamos? – Kenny disse, indo em direção a porta.
Todos fizeram sinal com sim e foram em direção a seus carros, só eu e Justin ficamos na sala.
– Vou ver seu corpo pela primeira vez hoje – Ele disse, mordendo os lábios.
– É né... Espero que se comporte direitinho, lembre-se que você me respeita, Bieber – Pisquei.
– Não é questão de me comportar, e sim conseguir me controlar quando você está perto – Ele disse, deitando no sofá e me puxando – É questão de eu conseguir não querer te beijar – Ele me colocou em cima dele, colocou a mão na minha cintura – É questão de eu conseguir não te querer, entendeu? – Ele aproximou seu rosto do meu, pude sentir a respiração dele mais ofegante.
Ele olhou em meus olhos, e dessa vez, eu não me contive e o beijei, rápido, mas foi beijo. Ele riu.
– O que foi?
– Você me beijou, eu te seduzi Nathalie! – Ele disse, rindo.
– Iludido, seduziu nada! Eu apenas não te deixei sem jeito – Fiz bico – Agora vamos! A Jasmine e a Jessica vão com a gente, devem estar esperando!
Levantei e dei a mão a ele, o forçando a levantar. Ele fez bico e me puxou, me abraçou. Sorri, levantamos e fomos de mãos dadas pro carro. Jas e Jessica iam junto.
– Valeu o casal novo!
– Ou melhor, viva, né Jessica? – Jas disse, debochando.
Entramos no carro e ouvimos minha música com o Jus na rádio, gritamos juntos  e rimos na hora. Ficamos ouvindo tudo, até que Jas diz:
– Cantem pra gente?
– É mesmo! – Jéssica disse, com os olhos brilhando – Por favor!
Eu e Justin rimos, nos olhamos e fizemos sinal de sim com a cabeça. Comecei a cantar, enquanto as meninas faziam uma coreografia no banco de trás. Terminamos e elas bateram palmas, sorrindo.
– Ta, agora um selinho pra terminar com chave de ouro, gente. – Jéssica disse, colocando a cabeça no espaço que afasta o banco do motorista ao do carona.
– Pra que? – Eu disse, a olhando.
– Poxa, por favor, não mata – Jessica insistia.
– Deixa de ser inconveniente!  –  Jas disse, a puxando pra trás, bufou.
– Sem problemas, deixa o sinal fechar – Justin disse, olhando atentamente pra rua.
– Mas Jus, ainda nem dissemos nada aos fãs e...
Ele parou o carro no meio da rua, virou o rosto, segurou o meu com as duas mãos e me beijou. Ele colocou a mão na minha nuca, me aproximando mais dele. Coloquei a mão em seu rosto e o acariciei de leve, ele me deu um selinho, deu um sorriso apaixonante e me olhou nos olhos.
– Chegar no próximo sinal ia demorar – Ele disse, fazendo bico.
– Que lindos, estão apaixonados! – Jéssica disse, batendo palmas.
– Tudo de bom – Jas disse, meio seca.
– Obrigado – Justin disse, sorrindo, me olhou e piscou.
Olhei pra janela o resto do tempo, enquanto eles conversavam.
– Chegamos! – Justin disse.
– Ei – Ele colocou a mão no meu queixo e o colocou na frente do dele – Sei que a Jasmine é um pouco estranha, mas é no começo. Prometo que daqui a pouco ela melhora o comportamento com você – Ele beijou minha testa, deu a volta. Abriu minha porta, saí do carro, o virei a subi em suas costas.
– Eu sei que você tem um corpo lindo, mas sua beleza corporal não é tão leve assim, sabia?
– O que? Você me chamou de gorda?
– Não Natalie, é que...
– Agora eu não saio daqui nem que me paguem! – Eu subi mais meu corpo, apertando minhas pernas na cintura dele – Vai logo, fortão!
Ele foi andando comigo bem devagar. Ele bufava as vezes, mas eu falava algo que o fazia rir. Na metade do caminho fiquei com pena dele, então desci de suas costas e fiquei do lado dele, segurei sua mão e beijei sua bochecha.
– Obrigada meu amor!
– De nada – Ele disse, num tom de gemido, enquanto estalava as costas.
– Não sou tão pesada assim, né?
– Vamos considerar excesso de gostosura – Ele disse.
– Que criativo esse loiro!
O virei e fiquei na frente dele, pus as mãos na cintura dele e aproximei nossos rostos
– Acho que to apaixonada.
– Só acha? – Ele envolveu as mãos na minha cintura. – Mas eu tenho certeza que estou apaixonado.
– Jura? E por quem?
– Ela é chata, mimada e implicante – Ele encostou a testa dele na minha – Mas eu não consigo fazer nada direito sem ela.
–Bobo.
– Boba. – Ele sussurrou com uma voz sexy, me deu selinhos demorados.
– Acha que com essa voz vai me seduzir? Jus... – Eu disse, fazendo uma voz sexy – Tente novamente! – Eu disse, o empurrando de leve. Pisquei e ri.
– Mas sempre funcionou – Ele sussurrou, olhando pra baixo.
– Oi? – Eu disse, levantando uma sobrancelha.
– É... O que? – Ele deu um sorriso fraco.
– Lindo você – Ironizei e fui andando.
– Vem cá – Ele me virou pelo braço – Você sabe que é única.
– Namoramos há um dia e quatro pessoas sabem.
– Mentira, seis pessoas.
– Contou mais pra quem, Bieber? – Eu disse séria.
– Jas, Jessica, Scooter, Pattie, eu e você. Oras!
Tentei não rir, mas foi inevitável. Justin riu junto e me deu um selinho, enquanto eu ainda dava leves risos.
– Te amo – Ele me olhou.
– Lindo – Pisquei.
Fomos andando até a praia. Sentamos com o pessoal e começamos a conversar. Entrei no Twitter do Jus pelo iPhone dele. Ele estava deitado, e eu com a cabeça encostada em seu peito. Comecei a Twittar:
@justinbieber
Oi! @NathalieEvans aqui. To na praia com o Jus. Que por sinal é muito chato...
– O que você escreveu aí? – Ele tentava olhar pro celular e eu o escondia.
– Coisas... Me deixa brincar!
– Vamos brincar na água? – Ele mordeu o lábio, dando um sorriso malicioso.
– Deixa de ser safado, garoto! – Sentei e bati no braço dele de leve.
– Desculpa... – Ele me puxou pela cintura e me deitou do lado dele, sorri.
– Por que não vão pra água? – Pattie disse.
– Ta bem gelada, ótima – Jéssica disse, enquanto secava o cabelo.
– Não sei nadar... – Eu disse, sorrindo fraco.
– Justin te ajuda – Chaz disse, olhando pro Jus.
– Mas...
– Claro mãe, amo a água daqui! – Justin disse.
Ele levantou e me puxou pela mão, me deixando do lado dele. Ele tentou disfarçar, mas o vi piscando pro Chaz.
– Não me solta Jus – Eu disse, enquanto nos aproximávamos da água.
– Calma, não é tão funda loirinha.
Ele entrou na água, e foi me puxando pela mão. Ele sorria do meu medo de entrar. Mas e se realmente eu me afogasse? Justin não é o Super Homem, oras! Eu ainda estava andando pra ficar mais fundo, onde ele estava. Quando cheguei bem perto, algo tocou meu pé, e não era areia viu.
– Ai meu Deus! – Eu disse, me joguei no colo do Jus, envolvendo minhas pernas na cintura dele.
– O que foi? – Ele me segurou.
– Um bicho me picou, tocou, ai.. Queimou, não sei. Eu falei que...
Quando me dei conta, Jus estava com a mão na minha bunda e com um grande sorriso no rosto. O olhei imediatamente e me afastei, rindo da situação.
– Poxa Nathalie – Ele disse, fazendo bico.
– Deixa de ser abusado.
– Para você de ser sistemática! – Ele deu língua.
– Own meu Deus, que fofo! – Eu levantei os braços e o olhei – Olha que linda sua sistemática! –Ri.
 – Vem cá, minha linda. – Ele me puxou pela cintura. 
Me aproximei dele e ele fez bico, abriu os braços e piscou. Ri, fui mais pra perto e antes que eu tomasse alguma atitude, Justin me colocou em seu colo de novo. Dessa vez o olhei, envolvi meus braços em sua nuca e sorri, o olhando nos olhos.
– E se os paparazzi nos verem assim? Sua mãe pode reclamar e...
Fui interrompida quando Justin me deu um selinho, colocou uma mexa do meu cabelo pra trás e sorriu.
– Não se preucupe com isso... Qualquer coisa te protego.
– Lindo – Sorri – Sabia que eu acho que devia estar te segurando? – Eu disse, rindo.
– Por que? – Ele disse, confuso.
– Porque você é um neném, Bieber! – Eu disse, rindo – Desculpa, não resisti... – Mexi no cabelo dele.
– Sou seu neném. Aí sim.
– Você me conquista cada dia mais, loiro.
– E a gente se conhece a menos de um mês... Imagina daqui a dois, três anos...
– Justin Bieber será irresistível!
– E você será minha.
– Jura? Difícil, eu já sou, poxa.
– Ah é? Melhor assim.
– E vai ser desse jeito por bastante tempo, viu.
– Agüentar você tanto tempo será difícil, loirinha. – Ele disse.
O olhei com um olhar de "cala a boca ou te dou um soco".
– Mas não impossível! – Rimos.
Ficamos ali conversando por um tempo sobre coisas bobas. Estávamos saindo da água, quando Justin me abraçou por trás e sussurrou bem baixinho no meu ouvido:
– When you smile, i smile.
Sorri, virei meu rosto e sussurrei:
– Lindo.
Ele riu e fomos andando até onde o pessoal todo estava.
Quando começamos a chegar mais perto, avistei Pattie, que nos olhava atentamente. Não fiquei confortável naquela situação toda. Fui tirando os braços de Justin, que envolviam minha cintura, devagar. Ele percebeu e me abraçou de novo.
– O que foi? – Ele disse.
– Você pode não ter percebido, mas eu morro de vergonha de...
– Ficar agarrada comigo na frente da minha mãe, e de muitas outras pessoas? –Ele revirou os olhos.
– É... Mas Justin entende, não é você! – Eu o virei e fiquei de frente a ele. – Eu que morro de vergonha. Agora, daqui a pouco eu prometo que melhora.
– Tudo bem – Ele sorriu fraco e piscou.
Foi na frente e sentou no chão, junto com Chaz, Jas e Jéssica. Jaden estava na água com Scooter. Bufei, Justin não olhava nem um segundo pra mim. Estávamos tão bem. Peguei meu iPhone e entrei no Twitter. Miley tinha ido embora, ou seja, ninguém pra conversar. Postei umas coisas, conversei com umas fãs e soltei uns risos baixos, Justin me olhou por um tempo, mas não o correspondi. Talvez ele não merecesse. Me levantei, guardei o telefone e me vesti. Falei com todos e acenei pro Justin e pra Jasmine.
– Ei – Scooter disse, mexendo o dedo indicador num sinal de vem aqui. Fui até ele e o olhei, cruzei os braços:
– Sim?
– Só acenar pro seu namorado? Nathalie!
– Scooter, ele está bem.
– Jathalie.
– Justin e Nathalie fica tão melhor.
– Vai falar com ele, por favor.
– Mas, poxa...
– Loirinha!
– Ah, ok!
Bufei e fui em direção do Justin, que fingiu não me ver.
– Já vou pra casa... Sussurrei no ouvido dele.
– Ok – Ele disse, sem nem olhar.
– Olha, o Scooter me mandou vir aqui. E... – Justin me interrompeu com um selinho.
– Tchau – Ele disse, e foi pra água.
– E eu queria um abraço – Sussurrei pra mim mesma – Tchau.
Saí de lá em passos bem lentos, e avistei um paparazzo, mas nem dei muita bola. Kenny me levou pra casa.
Cheguei em casa e encontrei Megan, abri um grande sorriso e fui em sua direção:
– Minha linda! – Ela disse, me abraçando.
– Oi mamãe – Sorri e beijei sua bochecha.
– Como você está? – Ela disse, se afastando e indo em direção a sua bolsa, me sentei no sofá e comecei a mexer no meu cabelo. Ela sentou do meu lado e sorriu – Descobri que a loirinha está namorando, e de verdade... – Ela piscou.
– É – Eu disse, abaixando a cabeça.
– O que foi?
– Ah – Levantei a cabeça rápido – Nada! – Sorri.
– Hm, ok. Então, amanhã tem um show do Justin. Voltei de viagem pra te acompanhar! Que tal?
– Sabe Megan, eu e ele brigamos hoje. Foi do nada, mas o clima com certeza não vai ficar legal.
– Poxa loira... Vai lá e pede desculpas. É uma boa oportunidade.
– Talvez seja. E se ele não aceitar?
– Ele ama você. E se não amar, gosta.
– Sei disso, mas já consegui perceber que ele é difícil. Complicado. – Bufei.
– Você se acostuma, querida – Ela mexeu no meu cabelo.
– Então vou subir e pensar no que farei amanhã – A olhei, percebi um olhar de tristeza por o que eu tinha acabado de falar – Mas antes – Me levantei – Estou com fome. Panquecas? – Sorri.
Ela riu e me acompanhou até a cozinha. Nos misturamos com os cozinheiros e brincamos como crianças no jardim de infância, farinha; chocolate; arroz... Jogamos tudo uns nos outros. No final, conseguimos fazer a panqueca e a comemos. Conversamos por um tempo e fui pro quarto. Dormi.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A parceria - Cap .8 - Just one chance

P.O.V. Nathalie:
Acordei logo pela manhã, ninguém tinha acordado ainda. Deixei um bilhete pra Pattie em cima da mesa da cozinha, saí da casa e dei partida em meu carro, quando recebo uma SMS:
Vem pra casa agora, entendeu? Tenho surpresas!
Era da Miley, fui correndo pra casa, sem pensar em nada. Já pensou se ela estivesse lá? Desliguei o carro logo que cheguei e entrei em casa, quando olhei pra direita a vi sentada no sofá, vendo tv.
– Ai meu Deus, é você! – Dei um sorriso de orelha a orelha.
Ela riu e abriu os braços, me joguei em cima dela e a abracei, muito forte. Rimos muito, ela me encheu de beijos na bochecha, eu também, mas dei uma mordida na bochecha dela, ela riu e fez bico depois.
– Surpresa! – Ela tentou dizer com a respiração ofegante.
– Te esmaguei! – Eu disse rindo, ajeitei meu cabelo.
Sentei no chão, ela fez o mesmo e deitou encostando a cabeça na minha perna. Fiquei mexendo no cabelo dela. Me contou tudo sobre e turnê, Liam e sua mudança radical.
– Bad girl! – Eu disse, rimos.
– Mas me conta do Justin, e onde você estava? Ai meu Deus, você estava na casa dele? Vocês ficaram? Já transaram? Pedi pra que você fosse devagar, tem que ser com alguém...
– Miley Cyrus, linda da minha vida, respira fundo! – Ela respirou e me olhou – Ta fizemos a música e tal. Ele me chamou pra uma balada ontem, mas eu recusei. Depois me arrependi e fui aí ele tinha brigado com um amigo. Fui pra casa dele, ele tentou me agarrar. A mãe dele chegou, e me obrigou a dormir lá.
– Ta, vocês ficaram?
– Não.
– E quando vão ficar?
– Não sei, nunca vai rolar, odeio aquele peste e...
Fui interrompida pelo meu telefone, era Scooter.
– O que foi, Braun?
– Vem pra cá agora Nathalie, temos coisas pra resolver.
– Se tiver algo com ontem, eu..
– Nathalie, por favor, dez minutos.
– Arrg, ok, to indo!
Miley me olhou decepcionada, cruzou os braços. Se sentou, eu ajoelhei na frente dela e a abracei forte, encostei a cabeça em seu ombro.
– Desculpe, mas eu tenho compromissos.
– Te entendo, também sou assim – Ela disse, me dando um beijo na bochecha e colocando meu cabelo pra trás – Me conta o que eles querem depois, ok? Já vou embora...
– Tudo bem, te amo viu?
Saí de lá, entrei no carro e fui pra gravadora.
Cheguei, entrei lá e fui pro estúdio, quando vi, Justin estava em seu iPhone. Quando me viu, levantou, mas pensou melhor e se sentou no mesmo momento. Me sentei numa cadeira distante da dele, e ele não parava de me olhar.
– Ok, temos coisas pra resolver – Scooter disse, nos olhando.
– Parece que sua casa é a gravadora. Temos vida, sabia? – Eu disse, com um toque de raiva na voz – Desculpa, a Miley estava lá em casa e eu tava me comendo de saudades e nem deu pra aproveitar muito porque eu estava...
– Na casa do Justin, eu sei disso, e não foi a Pattie que me contou. Vi as fotos.
– Tinham paparazzi atrás da gente? – Justin disse, com os olhos arregalados.
– Não vimos ninguém.
– Sempre tem alguém, vocês sabem disso – Pattie disse.
– Mas vocês já viram o Twitter?
Scooter nos mostrou o Notebook, onde estava aberto seu twitter. Muitas pessoas diziam: "Jathalie = Justin + Nathalie. Novo casal!"; "Jathalie existe mesmo?"; "Que lindos o Justin e a Nath!". Mas claro, tinha gente dizendo que era mentira, xingava, essas coisas.
– E...? – Justin disse, desinteressado.
– E aí, que temos uma proposta pra vocês.
– Diz logo! – Dissemos eu e Justin, juntos.
– Nós queremos que Jathalie exista realmente.
– O que?! – Gritamos.
– Qual o problema?
– Não gosto dele! – Eu disse.
Justin me olhou com um olhar meio indefinido, pôs a mão na testa e abaixou a cabeça. A levantou imediatamente.
– Por quanto tempo? – Ele disse.
– Pelo menos durante a turnê, pra que dê mais ibope. É apenas um esquema, só um namoro de mentira que terá que parecer real.
Eu e Justin nos olhamos imediatamente, depois olhamos pro Scooter. Ele levantou uma das sobrancelhas e deu um sorriso torto, olhou pro Justin e disse:
– Sim, terão que se beijar.
– É pedir muito vai, ficar de mãozinhas dadas ta ótimo! – Eu disse, fazendo cara de nojo.
– Para de ser tão contraditória, Nathalie. É só um namoro postiço – Justin disse.
– E se eu não quiser?
– Você vai ter que fazer. Sabe como funciona – Scooter disse.
– Eu topo... Pra mim será normal – Justin disse.
Claro que você topa! Terá que me beijar! Vai conseguir me beijar! Que raiva! Te odeio, Bieber. Scooter me olhou, Pattie e Justin, ao mesmo tempo. Bufei e olhei pros três.
– Ok, ok... – Respirei fundo – Eu aceito namorar postiço com o Justin – Scooter sorriu, chamou Pattie e foi pro estacionamento fazer algo que eu não sei.
Eu e Justin ficamos sozinhos na gravadora. Ele segurou minha mão, soltei-a e ele me olhou.
– O que eu te fiz? – Ele disse, com olhar de triste.
– Nada Justin. Olha só, esse namoro é de mentira, não vão existir sentimentos, coisas bonitas, nada disso. Contente-se, ok? Não se aproveite da situação.
– Você pensa que eu sou o que? Te respeito, Nathalie.
– Quer mesmo saber? Ta! Um garoto metidinho, que fica agarrando as garotas. Pensa que eu acho que fui a primeira menina qual você jogou na cama enquanto ela estava de camisola, e tentou beijá-la? Deve ter conseguido, mas não se engane, eu sou diferente.
Quando eu terminei, ele mordeu o lábio inferior, segurou minha cintura com as duas mãos e me empurrou contra a parede com força, me encostou nela.
– Você fica linda nervosa... – Ele sussurrou.
Encostou seu corpo no meu e envolveu um braço na minha cintura. Pôs uma mão na minha nuca, puxando meu rosto mais pra perto do dele. Abaixou a cabeça e beijou meu pescoço várias vezes, me fazendo arrepiar.
– Confia em mim, eu quero você Nathalie – Ele sussurrou.
– Você vai brincar comigo – Sussurrei também.
– Me deixa te provar que vou ser diferente!
Ele levantou o rosto e olhou nos meus olhos, tirou a mão da minha nuca e segurou meu queixo.
– Por favor?
Bufei um pouco, olhei pro nada por um tempo... Justin é legal. Vou dar uma chance pra ele, vemos o que rola realmente...
– Tudo bem, mas...
Quando eu falei, sem ao menos terminar, Justin me beijou com todo o desejo possível. Passava a mão pela minha cintura e me puxava sempre pra mais perto do dele. Quase falei "sabia que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço? Pára de tentar colocar meu corpo dentro do seu!", fiquei calada mesmo assim. Envolvi meus braços em sua nuca e o puxei mais pra mim, assim como ele parecia querer. Quando percebi que estávamos no estúdio, saí daquele "círculo" que Justin fez em volta de mim, me virei pro lado oposto do dele. Ele se encostou na parede e me olhou, respirando ofegante.
P.O.V. Justin:
– A gente ta no estúdio, garoto! – Ela disse lentamente, enquanto tentava respirar melhor.
– Desculpa, não me contive, juro que vou ser mais cuidadoso – Segurei a mão dela, e quando aproximei meu rosto pra dar um selinho nela, ela virou o rosto. Como é complicada...
– Com calma, eu disse tudo bem, apenas isso – Ela piscou, me fazendo ficar com mais vontade de beijá-la.
– Se quer que eu vá com calma, pare de piscar! – Eu disse, sério.
– Toda pessoa pisca, idiota! Se não os olhos ardem, inteligência...
– Idiota é você! Piscar sexy, com um olho só e...
Quando a chamei de idiota, ela bufou, se virou e foi em direção da porta. Ri alto, corri também e fiquei de frente pra porta, não deixando espaço pra ela sair.
– Me deixa sair! – Ela disse, com as mãos na cintura.
– Deixa de ser mimada, vai... – Eu disse.
Aproximei meu rosto mais pra perto do dela, podendo sentir sua respiração. Segurei seu rosto com as duas mãos e dei três selinhos demorados. Ela sorriu, colocou as mãos na minha cintura e a apertou. Em seguida mordeu meu lábio inferior, o puxou e o soltou. Me deu outro selinho e me olhou.
– Tenho que ir agora... Preciso contar pra Miley que to namorando – Ela riu, enquanto segurava minhas mãos e as balançava.
– A Miley é muito linda, né? Nós saímos um dia, ela tem um papo super legal. É interessante. Gostei dela – Eu disse, pensando naquele dia.
– Jura? Que bom!
Ela disse com um tom de raiva na voz, deu um sorriso irônico, saiu de lá, e quando ia fechar a porta, a abracei por trás.
– Que ciumentinha... Já? Não temos nem uma hora de namoro! – Beijei sua nuca e encostei meu queixo no ombro dela.
– Pra você ver como sou ciumenta.
Conversamos mais um pouco e saímos de lá, de mãos dadas, pra alegria de muitos paparazzi. Avistamos Scooter e Pattie, fomos na direção deles.
– Já ensaiando o namoro? – Scooter disse, olhando pras nossas mãos.
– Na verdade não, estamos namorando mesmo. De verdade.
Eu disse, Nathalie encostou a cabeça no meu ombro e sorriu.
– Mesmo? Que lindos! – Minha mãe disse, rindo.
– Não vai me dizer que eu juntei o novo casal? Fui o...
– Sim, você foi o cupido! – Eu e Nathalie dissemos juntos, rimos.
– Mas vocês se gostam? – Minha mãe disse, com uma das sobrancelhas levantada.
– Eu amo a Nathalie, mãe – Eu disse, olhando pra ela. Suas bochechas coraram e abaixou a cabeça, sorrindo.
– Eu amo o Justin, dona Pattie – Ela disse, com vergonha.
Eles bateram palmas e nós rimos, conversamos um pouco. Nathalie foi pra casa dela de carro, antes nos despedimos com alguns selinhos, claro. Depois, eu fui com meu carro. Marcamos de ir pra praia amanhã com a Miley... Vou tentar encher ela de ciúmes! Cheguei em casa e a Jasmine estava lá, a minha espera.
– Oi Jas! – Eu disse a abracei, ela sentou no sofá e eu sentei em seu lado, ela cruzou os braços e ficou séria.
– Que houve?
– Por que você estava bêbado e tonto? Mandei se controlar, loiro! – Ela disse quase gritando.
– Calma. Não foi isso que aconteceu, Caitlin me agarrou, Chris viu e me bateu...
 –Sabia que ela ia fazer algo... Ele pensou que foi você! Sei que ela não se conforma... Sei também, por alto, do que ela é capaz então acredito em você. Mas já está melhor? – Ela disse, passando o dedo de leve na minha boca – Ele te machucou muito?
– Mais ou menos, mas eu bati nele mais – Pisquei, rimos.
– Nathalie ajudou nesses curativos que eu sei muito bem – Ela me olhou e ficou séria, me forçando a falar tudo.
– Sim, e Jas, estamos namorando.
– Jura? – Ela disse, seca.
– Sim.
– Mas como isso aconteceu?
– Scooter propôs um namoro de mentira, mas eu já tava afim dela e tal... Então acabei a pedindo em namoro de verdade.
– Hm.
– Jasmine, não vai assustar a Nath. Ela é especial.
– Ok. Agora já vou. Eu e Jaden temos coisinhas pra fazer – Ela piscou.
– Você e o Jaden estão ficando? – Eu disse, com os olhos arregalados – Jasmine Marie Villegas, sua pedófila! – Gritei.
– Olha quem fala! A diferença é que você foi a vítima da Selena Gomez – Nós rimos.
Ela saiu de lá e eu subi, tomei banho e fiquei pensando na Nathalie. Saí me vesti e deitei. Liguei a TV, acabei adormecendo.

P.O.V. Nathalie:
Cheguei em casa e tomei um banho, comecei a pensar no Justin. Era lindo o modo que ele me tratava, eu tava realmente gostando dele e isso começou do nada.
– Você ta apaixonada! – Miley disse, ela estava aqui em casa de novo.
– Eu sei, e é muito bom me sentir assim – Eu disse, me sentando na cama.
– Sem contar que o Justin é mega fofo, vai te fazer sentir feliz – Ela disse, sorrindo.
– Mega fofo é? – Eu disse, cruzando os braços e olhando pra ela.
– Que foi? Ta com ciúmes? Justin é um neném pra mim! – Rimos.
– Eu sei, eu sei... Mas ele te chamou de "linda" hoje.
– Só pra quem pode! – Demos gargalhadas. 
– Pois é. Pelo menos não te chamou de gordinha, como Liam fez naquele dia.
Era engraçado o modo como Liam tratava Miley, mas eles estavam sempre bem! Ela se cansava as vezes, chegava pra mim e dizia "Como odeio esse menino, Nathalie. Ele é insuportável! Não consigo vê-lo como pai dos meus filhos. Que exemplo eles terão?". Mas na realidade, ela não vivia sem ele, e ficava sem ar quando falávamos seu nome. E dessa vez não foi diferente:
– Ainda prefiro gordinha. – Ela disse, me olhando e pegando o iPhone. – Como Justin te chama? – Deu pra sentir um desinteresse na voz dela.
– Loirinha. – Eu disse, com um ar de graça na voz. Já sentia saudade de Justin.
– Ainda reclama de gordinha. Loiras são...
Olhei pra ela, com um olhar de "cala a boca". Ela sabe que odeio piadas assim! Cruzei os braços:
– Sou uma loira linda! – Me joguei na cama. – Me joguei na cama – Absoluta! – Gritei.
– Sua bobona, não tem ninguém surdo aqui viu? – Ela deitou do meu lado e começamos a mexer no iPhone. Entramos no TT e conversamos com um montão de gente! Era bom. Conversamos até mais tarde e dormimos, amanhã iríamos à praia.

terça-feira, 3 de abril de 2012

A parceria - Cap .7 - Don't make me feel in love...

P.O.V. Nathalie:
Justin me agarrou de novo, mas dessa vez foi melhor. Ele estava sem blusa, pude sentir sua barriga, o tanquinho, do jeito que eu queria. Ou até mais, não sei.
– O que é isso? – Pattie gritou.
Me afastei na hora de Justin. Tentei disfarçar:
– Pronto Justin, agora a gente já sabe que você ta sem febre... Espero que melhore logo – Beijei a bochecha dele e sussurrei – Tudo que aconteceu hoje... Não vai ter repetição.
– Mas não aconteceu...
Justin tentou dizer, mas Pattie interrompeu:
– Meu Deus, o que houve? Por que você está machucado?
– Dona Pattie, me dá um minuto? – Disse, ela fez sinal de sim e saímos de lá.
Fechei a porta e a olhei, segurando suas duas mãos e olhando em seus olhos.
– Pattie, o Justin se meteu em uma briga com o Christian.
– Mas o Chris? Eles são tão amigos!
– Todo mundo briga, né dona Pattie? É só uma fase, coisa de garoto...
– Entendo, mas vou falar com ele.
– Eu sei que não devo interferir no seu modo de educar o Justin, mas é melhor não falar com ele hoje. Quer dizer, ele ta machucado, eu fiz uns curativos, mas nada como a mão da mãe dele pra ajudar. Mãe cura tudo! – Sorrimos – Se for pra brigar ou conversar sobre o que aconteceu, diga amanhã. Pode? Por favor! – Fiz bico.
– Tudo bem... Mas amanhã falo tudo sem falta!
– Ok... Obrigada! Então já vou, até breve dona Pattie – Dei um beijo na bochecha dela, mas ela me interrompeu.
– Está tarde demais, não autorizo você a sair mocinha! Ah, e vou contar tudo pra Megan.
– Mas Pattie...
– Shh, sem mas! Não tem desculpas, hein. Você dorme no quarto de hóspedes, e pode ir embora amanhã de manhã.
Era bom ficar com ela, eu me sentia com uma outra mãe postiça enquanto a Meg estava ausente. Sorri, ela me mostrou outro quarto; perto do quarto do Justin. Me emprestou uma roupa e me deu uma toalha nova. Entrei no banheiro que ficava no quarto, comecei meu banho numa banheira muito relaxante. Estava com a cabeça encostada na mesma, com os olhos fechados.
– Você mexe muito comigo... – Sussurrei pra mim mesma – Vai ter uma hora que vou perder o controle e você vai conseguir o que quer... Como você ta me deixando confusa, garoto.
Coloquei a mão na testa e a acariciei, alguém abriu a porta e me chamou.
– Ei Nathalie.
Era Justin. Como ele entrou no banheiro desse jeito?
– Ta maluco menino? Tem problemas?
– Calma aí, não matei ninguém! – Ele disse e colocou as mãos pra cima, como se estivesse se entregando.
– Muito engraçado! E se eu estivesse me vestindo? E de roupas íntimas!
– Seria muito bom... – Ele disse, mordendo o lábio.
– Toma jeito! Que abuso Bieber!
– E o que você estava falando aí de "você mexe muito comigo"?
Ele me olhou, se aproximou e se agachou na minha frente. A sorte é que a água da banheira estava cheia de espumas, e ele não conseguia ver nada.
– Não te interessa – Dei um sorriso irônico – Toma conta da sua vida e do que você fala, e, por favor, sai do banheiro.
– Posso falar com você no quarto, então? Quando você estiver devidamente vestida.
– Claro! – Dei um sorriso irônico novamente – Até o quarto, agora saia daqui!
O empurrei de leve e ele saiu dali.
– Que noite longa... E eu só queria ir pra balada. Realmente ficar melhor amiga da minha cólica ia ser melhor, viu – Eu disse pra mim mesma, enquanto secava meu cabelo com uma toalha.
– Ficar comigo é melhor – Justin piscou, de braços cruzados.
– Ou não.
– Você sabe que é!
Ele estava sentado na cama, o olhei e fiz uma cara irônica. Eu estava com um vestido curto, pijama, o único que Pattie tinha e cabia em mim. Quando percebi que estava um pouco a mostra demais, Justin me puxou pela cintura, mordeu o lábio e me jogou na cama. Ficou em cima de mim e aproximou seu rosto, cheirou meu pescoço e passou a mão na minha coxa, fiquei arrepiada.
– Sua mãe pode aparecer Justin, para, por favor – Eu disse devagar.
– Por quê? Você gosta, sei disso.
Espera, como ele pôde falar isso? Quer dizer então que isso é um jogo? Ele faz por que acha que eu gosto, não por que ele quer? Ridículo! O empurrei forte e saí de cima dele, pus uma mão na cintura e com a outra apontei pra porta. Ele ficou de pé e me olhou.
– Sai daqui agora! – Gritei – Calma Nathalie, a Pattie tá dormindo, Megan te deu educação... – Disse mais baixo – Justin me faça um favor enorme e saia do quarto que sua mãe me emprestou.
Ele não se moveu, então o puxei pelo braço e abri a porta, praticamente o joguei pra porta e a fechei. Ele bateu um pouco, mas parou rapidamente. Amanhã vou embora o mais rápido possível. Pensei um pouco em tudo, me deitei e dormi.
P.O.V. Justin:
Acho que estou gostando da Nathalie de verdade. Tudo começou muito do nada, mas eu tenho vontade de ficar perto dela. Por incrível que pareça, eu esqueço a Selena, os problemas, a saudade do Canadá... Quando ela fala algo, eu começo a rir mesmo sem ter motivos.
– Mãe, pára com isso!
Minha mãe estava no quarto, ela acariciava meu cabelo e ficava com os olhos brilhando vendo o modo como eu falava da Nathalie. Eu começava a rir, mas pedia pra ela parar.
– O neném ta apaixonado novamente, é?
– Talvez mãe, só talvez! E não me zoa por que...
– Vai dar casamento! Quero cinco netos, não se esqueça – Ela piscou e sorriu.
–Quer matar a Nathalie, mãe? Ela nunca ia agüentar! Mulheres são...
–São o que Justin? – Ela serrou os olhos e me olhou, cruzou os braços e ficou séria.
– Lindas mãe, como você. – Me aproximei dela e beijei sua testa, ela continuou séria, mas sorriu em seguida – O que acha que devo fazer?
– Conquiste ela. Mas pode deixar, irei ajudar.
– Que?
– Você entenderá... Agora vá dormir, mocinho.
Resmunguei, mas ela apagou as luzes e me fez caricias até pegar no sono. Dormi rapidamente.